Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: Assine VEJA por 9,90/mês

Nepal mergulha em caos após repressão a protestos contra corrupção e censura

Protestos contra censura e privilégios da elite deixam 22 mortos e forçam renúncia do premiê; Exército assume controle das ruas

Por Ernesto Neves Atualizado em 10 set 2025, 07h16 - Publicado em 10 set 2025, 07h14

O Nepal amanheceu nesta quarta-feira (10) sob toque de recolher nacional e patrulhas militares em Katmandu, após três dias de protestos violentos que deixaram ao menos 22 mortos e centenas de feridos.

O estopim da revolta foi a decisão do governo de bloquear 26 plataformas de redes sociais, mas a medida rapidamente desencadeou uma onda de insatisfação acumulada contra corrupção endêmica, desigualdade econômica e a concentração de poder nas mãos de uma elite política envelhecida.

Na segunda-feira (8), as forças de segurança usaram munição real, balas de borracha e canhões de água para dispersar manifestantes, em sua maioria jovens.

O resultado foi um massacre que acelerou a crise política: o primeiro-ministro K.P. Sharma Oli renunciou, seguido de ministros-chave.

No dia seguinte, manifestantes incendiaram o Parlamento, a Suprema Corte, delegacias e residências de políticos, deixando as ruas da capital tomadas por escombros.

Continua após a publicidade

A revolta expôs a frustração de uma geração que se autodenomina Gen Z e que denuncia o abismo entre a vida luxuosa dos filhos da elite política, apelidados de “nepo kids”, e a realidade de um país em que o desemprego atinge sobretudo os jovens.

Imagens de herdeiros de ministros ostentando bolsas de grife e carros importados viralizaram, enquanto milhares de nepaleses continuam a emigrar para países do Golfo e para a Malásia em busca de empregos precários.

Em 2024, as remessas enviadas por trabalhadores no exterior representaram mais de 26% do PIB nacional.

Continua após a publicidade

A corrupção reforça o descrédito na classe dirigente. Escândalos de desvio de verbas em obras de infraestrutura e esquemas fraudulentos envolvendo até falsificação de identidade de refugiados butaneses alimentaram a indignação.

Apesar de investigações parlamentares, quase nenhum caso resultou em punição efetiva. Para os jovens, a alternância entre os mesmos três líderes, Oli, Sher Bahadur Deuba e Pushpa Kamal Dahal, tornou-se insuportável.

Com o Parlamento em ruínas, o aeroporto internacional fechado e a maior empresa de mídia do país fora do ar após ataques incendiários, o vácuo de poder gera incertezas.

Continua após a publicidade

O Exército convocou a população a devolver armas saqueadas e assumiu formalmente o controle da segurança, mas até agora não está claro quem governa o país. A ONU condenou a violência das forças de segurança e pediu investigação imediata.

A convulsão nepalesa ecoa levantes recentes em países vizinhos, como Bangladesh e Sri Lanka, onde protestos liderados por jovens derrubaram governos acusados de corrupção e má gestão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

OFERTA LIBERE O CONTEÚDO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
OFERTA EXCLUSIVA

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.