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Negociações nucleares EUA-Irã são suspensas; nova data depende de Washington, diz Teerã

Mais cedo, governo iraniano alertou que 'comportamento contraditório e declarações provocativas' dos Estados Unidos dificultavam avanço das tratativas

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 Maio 2025, 14h36

A quarta rodada de negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, prevista para acontecer em Roma neste final de semana, foi adiada e a definição de uma nova data dependerá da “abordagem dos EUA”, informou uma autoridade iraniana à agência de notícias Reuters nesta quinta-feira, 1. Sob condição de anonimato, ela também afirmou que as sanções americanas “durante as negociações nucleares não estão ajudando as partes a resolver a disputa nuclear por meio da diplomacia”.

Omã, que esteve entre os mediadores das tratativas, disse que a próxima rodada seria remarcada por “razões logísticas”. A reunião estava prevista para este sábado, 3, em Roma, na Itália. Após a declaração omani, uma fonte familiarizada com o assunto relatou à Reuters que a delegação dos EUA nunca confirmou a participação no encontro. A data e o local, segundo a fonte, também estão em suspenso.

Mais cedo, o Irã alertou que o  “comportamento contraditório e declarações provocativas” dos Estados Unidos dificultavam o avanço das negociações. Washington havia aumentado o tom com Teerã, afirmando que a o apoio iraniano aos rebeldes hutis no Iêmen teria consequências. Ao mesmo tempo, o governo americano impôs novas sanções relacionadas ao petróleo ao países no Oriente Médio.

As discussões nucleares ocorrem em clima de ameaça, uma vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu bombardear o Irã caso as conversas fracassem. Apesar dos problemas com os americanos, o governo iraniano e três potências europeias — Grã-Bretanha, França e Alemanha — devem manter uma reunião nesta sexta-feira, 3, em Roma, com o objetivo de aliviar as tensões.

+ Irã diz que só aceitará acordo sobre programa nuclear se EUA não forem ‘irrealistas’

Aumento das tensões

Desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, assinado durante o governo de Barack Obama e que limitava o enriquecimento de urânio em troca do alívio das sanções econômicas, o governo iraniano passou a acumular material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares. O Irã alega que seu programa tem fins exclusivamente energéticos, mas países ocidentais desconfiam que esteja tentando desenvolver uma bomba atômica.

O retorno do republicano ao poder reacendeu os temores de um confronto direto no Oriente Médio. Israel, maior aliado dos EUA na região, considera o programa nuclear iraniano uma ameaça existencial. Após ataques do grupo palestino radical Hamas e da milícia libanesa Hezbollah, Tel Aviv intensificou sua ofensiva em Gaza e no Líbano, chegando a bombardear alvos dentro do território iraniano. Em paralelo, os EUA lançaram ataques contra os hutis no Iêmen, apoiados por Teerã, levantando suspeitas de que possam estar preparando uma ação militar direta contra o Irã.

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