Navios de guerra da Rússia chegam a Cuba após exercícios militares
EUA comunicaram que demonstração de força em meio a tensões sobre Ucrânia não representa ameaça
![The Russian frigate Admiral Gorshkov, left, and the Chinese frigate Rizhao 598, ahead of naval drills between Russia, South Africa and China, in Richards Bay, South Africa, on Wednesday, Feb. 22, 2023. The exercises, known as MOSI II, have been criticized by some of South Africas biggest trade partners, including the US and European Union, who have questioned the timing of the exercises, which take place one year after Russia launched its invasion of Ukraine. Photographer: Waldo Swiegers/Bloomberg via Getty Images](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/GettyImages-1247381459.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Navios de guerra da Marinha russa chegaram ao porto de Havana, capital de Cuba, nesta quarta-feira, 12, após a realização de exercícios militares navais no Atlântico. Os Estados Unidos, atentos ao desenvolvimento perto de seu território, disse que a demonstração de força da Rússia em meio às tensões da guerra na Ucrânia não representava uma ameaça.
Pequenos grupos de pescadores e curiosos alinharam-se na avenida à beira-mar de Malecón, sob uma chuva fraca, para receber os navios que passavam pelo antigo castelo Morro, de 400 anos, na entrada do porto.
Os primeiros a chegar foram um navio de combustível, o “Akademik Pashin” e um rebocador, o “Nikolay Chiker”, enquanto uma fragata da marinha russa e um submarino com propulsão nuclear esperavam no mar e deveriam entrar no porto no meio da manhã.
Exercícios militares
O navio de guerra Almirante Gorshkov e o submarino de propulsão nuclear Kavan, da Rússia, conduziram nesta terça-feira, 11, exercícios militares no Oceano Atlântico a caminho de Cuba, informou o Ministério da Defesa da Rússia. O treinamento envolveu disparos de mísseis de alta precisão contra falsos alvos, simulando uma defesa contra investidas aéreas.
O governo cubano afirmou que as visitas de quatro navios russos eram uma prática padrão das unidades navais dos países aliados de Havana, reiterando que veículos marítimos não transportavam armas nucleares e não representavam uma ameaça para a região.
Na semana passada, os Estados Unidos comunicaram que a Rússia planejava realizar exercícios militares na região do Caribe, acrescentando que estavam rastreando as atividades dos navios. O objetivo principal de Moscou, segundo uma autoridade do alto escalão do governo americano, era mostrar sua potência militar em meio à uma escalada de tensões na Ucrânia e com o Ocidente. No entanto, o governo americano não considerou a medida ameaçadora e classificou como parte da atividade naval rotineira.
Esta não é a primeira vez que a Rússia envia navios ao Caribe. Entre 2013 a 2020, diversas embarcações russas navegaram anualmente até a região. Contudo, o exercício militar ocorre em meio às declarações do presidente russo, Vladimir Putin, de que suas tropas podem tomar “medidas assimétricas” em outros lugares do mundo devido à decisão do chefe de estado americano, Joe Biden, de permitir que a Ucrânia utilize armas fornecidas pelos EUA para atingir o território inimigo.