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Navio de ajuda humanitária para Gaza é bombardeado em Malta com brasileiro a bordo

Grupo que organizou a missão acusa Israel de lançar o ataque; o brasileiro Thiago Ávila estaria entre os mais de 30 ativistas a bordo

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 Maio 2025, 10h51

Um navio de ativistas que transportava ajuda humanitária para Gaza, numa tentativa de quebrar o bloqueio de Israel a suprimentos para o enclave palestino em meio à guerra contra o Hamas, foi bombardeado por drones nas águas internacionais de Malta nesta sexta-feira, 2, de acordo com a Freedom Flotilla Coalition (FFC), o grupo que organizou a missão. Um ativista brasileiro estaria a bordo da embarcação.

A FFC disse em um comunicado que o ataque ao navio Conscience, que estava desarmado, provocou um grande incêndio e explosões. “Drones armados atacaram a frente de uma embarcação civil desarmada duas vezes, causando um incêndio e uma violação substancial no casco”, escreveu o grupo, culpando Israel pelo ataque.

“Os embaixadores israelenses devem ser convocados e responder a violações do direito internacional, incluindo o bloqueio em andamento e o bombardeio de nossa embarcação civil em águas internacionais”, acrescentou o grupo ativista. Os militares israelenses, por sua vez, se recusaram a comentar sobre o ataque.

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Mais tarde, na sexta-feira, o governo de Malta disse em um comunicado que o fogo no navio havia sido controlado e que não houve relato de feridos a bordo.

“Foi confirmado que toda a tripulação está em segurança, mas se recusou a embarcar no reboque. Foi fornecida assistência para apoiar os esforços de combate a incêndios no interior”, disse o governo maltês.

De acordo com Malta, o navio transportava dezesseis pessoas, sendo doze tripulantes e quatro passageiros civis. No entanto, a FFC declarou que havia mais de trinta ativistas de 21 países diferentes a bordo do Conscience, numa “missão para desafiar o cerco ilegal e mortal de Israel a Gaza e fornecer ajuda desesperadamente necessária para salvar vidas”. Entre os ativistas estaria o brasileiro Thiago Ávila, um conhecido defensor dos direitos humanos e da causa palestina.

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A ativista climática Greta Thunberg também disse à agência de notícias Reuters que ela fazia parte do grupo que deveria embarcar no barco e continuar a viagem para o enclave palestino. “Há dois meses, nem uma única garrafa de água entrou em Gaza, e é uma fome sistemática de 2 milhões de pessoas”, declarou.

Segundo ela, o navio está ancorado. “Se o movessem, muita água entraria e ele afundaria”, disse ela.

“É muito importante entender que este ataque é uma extensão do genocídio que está acontecendo em Gaza e não pode passar impune”, disse Nicole Jenes, do FFC.

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A Coalizão da Flotilha da Liberdade se descreve em seu site como uma rede internacional de ativistas pró-Palestina que trabalha para acabar com o bloqueio de Israel em Gaza e fornecer ajuda humanitária ao enclave, tomando medidas diretas e não violentas.

Bloqueio a Gaza

Israel impôs um sítio a Gaza há dois meses, impedindo a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros suprimentos ao território onde vivem mais de 2 milhões de palestinos. A medida ocorreu em meio a um impasse nas negociações com o Hamas sobre o fim da guerra, e pouco antes das forças israelenses retomarem ataques aéreos contra o enclave.

O Programa Mundial de Alimentos (PAM) disse esta semana que seus armazéns estão vazios e que a pouca quantidade de alimentos que resta nos mercados de Gaza está sendo vendida por preços exorbitantes, inacessíveis à maioria da população.

Diversas organizações internacionais afirmam que o bloqueio de Israel viola o direito internacional e acusam o país de usar a fome como arma – o que é considerado um crime de guerra à luz da Convenção de Genebra.

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