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‘Não há esboço’ de acordo de paz na Ucrânia, diz Rússia, que reclama dos EUA

O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que 'não é fácil' concordar com Washington sobre os termos de uma possível trégua permanente

Por Sara Salbert Atualizado em 15 abr 2025, 11h39 - Publicado em 15 abr 2025, 09h32

O Kremlin afirmou nesta terça-feira, 15, que ainda não existe um esboço claro de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia proposto pelos Estados Unidos. Enquanto isso, a diplomacia russa teceu reclamações sobre a negociação com os americanos, que “não é fácil”.

“Ainda não há esboços claros de nenhum acordo. Mas há uma vontade política de avançar em direção a um acordo”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

Já o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, afirmou que o presidente russo Vladimir Putin está aberto a um acordo de “paz permanente” com a Ucrânia, após ter conversas “convincentes” com o líder russo em São Petersburgo na semana passada.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que não era fácil concordar com os Estados Unidos sobre os termos de um tratado, e que Moscou nunca mais se permitiria depender economicamente do Ocidente.

“Estamos muito cientes de como é um acordo mutuamente benéfico, o que nunca rejeitamos, e como é um acordo que pode nos levar a outra armadilha”, disse Lavrov em uma entrevista ao jornal Kommersant publicada na terça-feira.

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Lavrov acrescentou que a posição da Rússia em relação a um cessar-fogo havia sido claramente definida por Putin no ano passado, quando o líder russo exigiu que a Ucrânia abandonasse seus planos de entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e retirasse suas tropas das quatro regiões ucranianas reivindicadas por Moscou.

No domingo, o Kremlin disse que ainda era muito cedo para esperar que a retomada das relações normais com Washington traga resultados, mas afirmou que os contatos foram positivos e úteis.

Novos ataques

A declaração do Kremlin ocorre dois dias após mísseis russos atingirem a cidade ucraniana de Sumy, matando 35 pessoas e ferindo outras 117. Sem apresentar provas, a Rússia anunciou que lançou dois mísseis Iskander contra uma reunião de militares ucranianos, dos quais 60 teriam morrido. Trump, por sua vez, caracterizou o episódio como “terrível” e afirmou que Moscou cometeu “um erro”, mas não entrou em detalhes sobre o ocorrido.

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Embora Kiev não tenha confirmado o encontro militar, um prefeito regional em Sumy exigiu a renúncia de autoridades de segurança locais caso tenham permitido o evento, uma vez que reuniões com soldados ucranianos são alvos prioritários da Rússia.

Ambos os lados também se acusam mutuamente de violar um acordo mediado pelos Estados Unidos para suspender ataques às instalações energéticas um do outro.

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