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Na ONU, Irã critica os EUA, e Israel agradece Trump por proteção ao ‘mundo livre’

Conselho de Segurança se reuniu de forma emergencial neste domingo após ataque norte-americano a centros nucleares iranianos

Por Pedro Pupulim Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jun 2025, 19h42

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu na sede do órgão em Nova Iorque, neste domingo, para uma reunião de emergência após os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã. A reunião foi pedida pelo Teerã após o bombardeio feito pelos norte-americanos.

Composto por 15 membros, o Conselho de Segurança da ONU atua na manutenção da paz e da segurança mundiais. Seus membros são convocados em situações de crise, como a que o Oriente Médio passa, e tem entre as prerrogativas fazer recomendações, impor sanções e autorizar o uso da força.

No encontro, os representantes dos principais países se dividiram entre pedir um cessar-fogo imediato, pleito defendido por Rússia, China e Paquistão, e condenar as ações contra o Irã. Até o momento, nenhuma definição foi anunciada.

Secretário-geral da ONU, António Guterres condenou a escalada do conflito no Oriente Médio e afirmou que a diplomacia e a proteção a civis devem prevalecer. “Entrou-se na ameaça de um ciclo de retaliações de todos os lados. A Organização das Nações Unidas vai apoiar uma solução apenas pacífica, e a ONU deve agir com razão e urgência”, destacou, afirmando ainda que a ação dos Estados Unidos representa uma “virada perigosa” na região.

As declarações de Guterres foram acompanhadas por uma coesão retórica entre os líderes de França, Reino Unido e China no Conselho, que endossaram a necessidade da adoção de soluções pacíficas do conflito.

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Irã e Israel em lados opostos

A mesma sintonia não foi percebida entre os demais participantes. O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, subiu o tom ao se referir ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, como um “criminoso” que conseguiu arrastar os Estados Unidos “para mais uma guerra custosa e sem base”. “A América escolheu mais uma vez sacrificar sua segurança para proteger Netanyahu”, disse.

Iravani evitou dar detalhes de quais serão os próximos passos que o país irá tomar e disse apenas que “a natureza e a proporcionalidade do Irã serão decididas pelas nossas forças militares” e que o regime tomará “todas as medidas necessárias”. Ele ainda afirmou que os Estados Unidos violaram o direito internacional e os princípios da Carta da ONU e que o programa nuclear do país tem natureza pacífica.

Na sequência, Danny Danon, representante israelense na reunião, declarou que “o mundo deve agradecer aos Estados Unidos” por proteger “o mundo livre com força e clareza moral” e ironizou manifestações contrárias às ações norte-americanas e de Israel.

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“Agora, alguns vêm aqui para denunciar os Estados Unidos e Israel. Onde vocês estavam quando o Irã criou a bomba, quando enriqueceu urânio acima do limite de uso civil, colocando uma fortaleza sobre as montanhas, preparando o nosso extermínio? Onde estavam quando o Irã transformou uma negociação em teatro? Vocês ficaram em silêncio, vocês foram cúmplices, vocês ficaram com medo”, afirmou Danon.

Rússia x EUA

Já o representante russo, Vasily Nebenzya, responsabilizou diretamente os Estados Unidos pelo ataque às estruturas nucleares iranianas e declarou que o governo americano tem desprezo pela comunidade internacional.

Nebenzya também lamentou o que classificou como um “teatro de absurdos”, de “teatro cínico”, se referindo à reunião do Conselho. De acordo com Nebenzya, o colegiado é hipócrita e não tem coragem de condenar as ações dos Estados Unidos.

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Embaixadora americana, Dorothy Shea rebateu o líder russo e disse que a ação militar teve como objetivo impedir a ameaça nuclear “apresentada pelo maior patrocinador do terror no mundo”. “Por 40 anos o governo iraniano pediu a morte da América e de Israel e impôs perigo aos seus vizinhos e ao mundo todo”, disse.

Shea também defendeu que o conselho da ONU peça que o regime iraniano termine com o objetivo de acabar com o estado de Israel, acabe com seu programa nuclear, pare de ter americanos como alvo e negocie a paz.

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