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Na ONU, Dilma condena ‘uso da força’ para resolver conflitos

Um dia depois de 'lamentar' bombardeio americano contra terroristas na Síria, presidente disse que 'intervenções militares' não levam à paz. Também voltou a criticar Israel e o 'uso desproporcional da força' em Gaza

Por Da Redação
24 set 2014, 11h38

Depois de “lamentar” o bombardeio dos Estados Unidos contra terroristas na Síria, a presidente Dilma Rousseff reafirmou sua posição nesta quarta-feira ao condenar o “uso da força” como forma de resolver conflitos mundiais. No discurso de abertura da 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Dilma colocou no mesmo cesto Iraque, Síria, Líbia, Ucrânia e Palestina, ignorando o fato de que, nos dois primeiros, um dos grupos terroristas mais selvagens em atividade está avançando e espalhando o horror de forma brutal, por meio de decapitações, crucificações e execuções sumárias.

“Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças. O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da questão Palestina, no massacre sistemático do povo sírio, na trágica desestruturação nacional do Iraque, na grave insegurança na Líbia, nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia. A cada intervenção militar não caminhamos para a paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos”.

“Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios”, continuou.

Em seguida, Dilma insistiu na necessidade de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, dizendo que o grupo hoje vive uma “paralisação”. E voltou então a carga contra Israel, ao falar sobre a recente ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. “Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, mulheres e crianças”, afirmou, repetindo os termos de um comunicado divulgado pelo Itamaraty que deu início a um desentendimento com Israel – que chamou o Brasil de “anão diplomático”.

Para Dilma, o conflito entre Israel e Palestina “deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo”. “Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas”. Os Estados Unidos têm intermediado as difíceis negociações entre representantes israelenses e palestinos, que esbarram não apenas em questões de fronteiras, mas em exigências dos terroristas do Hamas tidas como inaceitáveis pelo governo israelense, como o fim ao bloqueio ao enclave que, na prática, significaria abrir caminho para o grupo obter armas do exterior.

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