Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Na China, Mourão se encontrará com presidente Xi Jinping

General crê que Brasil deve ser pragmático e aproveitar a disputa entre China e EUA para se beneficiar economicamente

Por Da Redação
Atualizado em 15 Maio 2019, 15h45 - Publicado em 15 Maio 2019, 11h19

O vice-presidente Hamilton Mourão se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping, durante sua visita ao país asiático, que será realizada entre os dias 19 e 24 deste mês. O general viaja ainda nesta quarta-feira, 15, mas fará paradas na Itália e no Líbano antes de desembarcar em Pequim.

Em entrevista à TV Brasil, o vice destacou que o governo pode fortalecer o comércio internacional a partir da disputa entre China e Estados Unidos. “O Brasil tem que saber aproveitar o melhor nesse momento. Tem que se posicionar”, disse.

Para o general, o governo de Jair Bolsonaro tem um foco claro de aproximação com a democracia americana, mas deve entender a importância da China. “Temos que ter o pragmatismo suficiente para entender a importância da China para o desenvolvimento econômico do Brasil”, afirmou.

Em Pequim, Mourão será recebido pelo vice-presidente Wang Qishan e também se reunirá com o presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC, semelhante a um Senado), Wang Yang.

Durante sua visita, o general participará da quinta edição da reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), no dia 23 de maio. Também marcará presença em vários fóruns de negócios e atividades culturais.

Já em sua parada no Líbano, o general visitará a Fragata União, que participou de exercícios multinacionais no país no início do mês com as marinhas da Alemanha, da Grécia e da Turquia.

Continua após a publicidade

‘Cooperação amigável’

Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, o objetivo do encontro com Xi Jinping é impulsionar a cooperação entre as duas economias emergentes. “O Brasil e a China são os maiores países em desenvolvimento do hemisfério americano e asiático e têm um relacionamento maduro e sólido”, disse.

“Nos últimos anos, realizamos parcerias de sucesso em setores como comércio, investimento e finanças, trazendo benefícios para ambas as partes”, divulgou o porta-voz.

Geng observou que este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre China e Brasil e que o lado asiático espera aproveitar a oportunidade para “fortalecer a confiança política mútua” e “aprofundar a cooperação amigável e mutuamente benéfica” entre os “dois parceiros estratégicos”.

Além disso, o porta-voz saudou a possível participação brasileira no projeto chinês de investimentos das Novas Rotas da Seda e antecipou que, sobre esse assunto, “já foram realizadas consultas” e “discutidos planos” para “buscar sinergias entre as estratégias de conectividade” das duas partes.

Continua após a publicidade

Altos e baixos

As relações entre China e Brasil vêm passando por altos e baixos desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder, em janeiro. Durante sua campanha eleitoral, o então candidato do PSL comparou o gigante asiático a “um predador que quer dominar setores estratégicos da economia brasileira”.

Desde então, Mourão se estabeleceu como uma figura conciliadora entre os dois lados, afirmando em diversas ocasiões que o Brasil pretende manter os laços com seu principal parceiro comercial, independentemente das diferenças ideológicas.

Pouco depois de vencer a eleição, Bolsonaro também voltou atrás em suas declarações e, em março, anunciou que pretende visitar o país asiático ainda no segundo semestre deste ano.

A China tem sido o principal parceiro comercial do Brasil no mundo nos últimos cinco anos e o destino da maioria das exportações de matérias-primas brasileiras. O país asiático também mantém investimentos substanciais no país, especialmente na área de energia, e tem interesse em expandir suas injeções de recursos em outros setores, como o agronegócio.

Continua após a publicidade

Durante sua entrevista à TV Brasil, o vice-presidente lembrou que Pequim passa por dificuldades no âmbito da segurança alimentar por causa da peste suína africana, vírus que tem dizimado o rebanho de porcos no território chinês. Como consequência, destacou o vice-presidente, o gigante asiático precisa importar proteína animal para alimentar uma população de 1,4 bilhão de habitantes.

“O Brasil tem capacidade extraordinária de produção de alimentos. Então essa estratégia é que nós temos que traçar em ter essa aproximação com o mercado chinês”, disse.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.