Na capital dos EUA, Haley tem primeira vitória contra Trump em prévias
A republicana conquistou 62,9% dos votos em Washington, D.C., enquanto o ex-presidente ficou com 33,2%; resultado, porém, deve ser insignificante

Nikki Haley conquistou sua primeira vitória nas primárias republicanas contra seu rival, o ex-presidente americano Donald Trump, depois de vencer a eleição prévia na capital dos Estados Unidos, Washington, D.C., no domingo 3. A candidata conquistou 62,9% dos votos, enquanto ele ficou com 33,2%.
Ao que tudo indica, o resultado, porém, será insignificante para que Haley seja a indicada do Partido Republicano para concorrer às eleições gerais, em novembro, contra o candidato do Partido Democrata (que deve ser o presidente Joe Biden).
Super Terça
Com a vitória em D.C., Haley conquistou 19 delegados, elevando seu total para 43. Enquanto isso, Trump tem 244, tendo vencido as primeiras oito primárias por margens significativas.
Seu favoritismo nas urnas deve render-lhe ainda resultados acachapantes na “Super Terça”, nesta terça-feira, 5, em que republicanos em quinze estados definirão o nome de sua preferência para a disputa nas urnas. É preciso 1.215 delegados para garantir a indicação.
Apesar de suas contínuas derrotas, Haley disse que permaneceria na corrida pelo menos até a Super Terça. Após a derrota da semana passada na Carolina do Sul, seu estado natal e de onde já foi governadora, ela seguiu afirmando que os eleitores mereciam uma alternativa a Trump – embora tenha se recusado a citar qualquer primária que se sentisse confiante de que venceria.
Comemoração com reveses
Segundo a campanha de Haley, sua vitória na capital fez dela a primeira mulher a vencer uma primária republicana na história dos Estados Unidos. “Não é surpreendente que os republicanos mais próximos da disfunção de Washington estejam rejeitando Donald Trump e todo o seu caos”, disse a porta-voz da campanha, Olivia Perez-Cubas, em comunicado.
D.C. é dominada pelo Partido Democrata, com apenas cerca de 23 mil eleitores republicanos registados na cidade. A capital também abriga um número significativo de funcionários públicos federais que os aliados de Trump prometeram demitir e substituir por apoiadores se ele vencer as eleições em novembro.
“Embora Nikki tenha sido rejeitada em todo o resto dos Estados Unidos, ela acabou de ser coroada Rainha do Pântano pelos lobistas e membros de D.C. que querem proteger o status quo fracassado”, disse Karoline Leavitt, secretária de imprensa da campanha de Trump, em comunicado.
Esta não é a primeira vez em que os republicanos na capital rejeitam Trump. Durante a última primária competitiva em D.C., em 2016, o ex-presidente recebeu menos de 14% dos votos e não ganhou nenhum delegado. Mesmo assim, naquele ano, conquistou a nomeação do Partido Republicano em nível nacional.