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Musk diz que fechará Usaid para corte de gastos: ‘Trump concorda’

Agência dos EUA é responsável por 40% da ajuda humanitária no mundo, mas compõe menos de 1% do orçamento federal

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 fev 2025, 09h02 - Publicado em 3 fev 2025, 08h37

O bilionário Elon Musk, que lidera os esforços do governo de Donald Trump para reduzir o tamanho do governo americano, afirmou nesta segunda-feira, 3, que quer fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USaid, na sigla em inglês), órgão público que responde por cerca de 40% da ajuda humanitária no mundo.

A declaração ocorreu em um Spaces, transmissão de áudio do X (antigo Twitter), que incluiu seu ex-companheiro no comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), Vivek Ramaswamy, e os senadores republicanos Joni Ernst e Mike Lee. A força-tarefa recebeu de Trump a tarefa de reduzir os postos de trabalho no governo e o que considera gastos desnecessários.

“Ficou evidente que não se trata de uma maçã com um verme dentro, o que temos é simplesmente um ninho de vermes. Temos que nos livrar de tudo, está além de qualquer conserto. Vamos fechá-la”, disse Musk sobre a USaid, acrescentando que o presidente americano concorda com a posição.

A USaid é o maior doador individual do mundo. No ano fiscal de 2023, os Estados Unidos destinaram por meio da agência um total de US$ 72 bilhões (quase R$ 421 bilhões, na cotação atual) em ajuda humanitária para diversas áreas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, tratamentos para HIV/AIDS, segurança energética e combate à corrupção. Em 2024, a agência forneceu 42% de toda a ajuda humanitária no mundo rastreada pelas Nações Unidas.

A Usaid, porém, compõe menos de 1% do orçamento federal.

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“Organização criminosa”

Antes disso, Musk havia chamado a Usaid, no domingo 2, de “organização criminosa”. Isso ocorreu após Trump decidir congelar as ajudas de Washington a outros países por três meses.

Além disso, dois principais oficiais de segurança da Usaid, o diretor John Voorhees e seu vice, foram colocados em licença administrativa na noite de sábado, 1º de fevereiro, após se recusarem a dar informações aos representantes do Doge.

“Usaid é uma organização criminosa”, escreveu Musk em sua rede social X, ao responder a um vídeo no qual a agência é acusada de estar supostamente envolvida “em trabalhos sujos da CIA” e na “censura da internet”.

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Em outra postagem, sem apresentar provas, perguntou a seus 215 milhões de seguidores: “Vocês sabiam que a Usaid, usando seus impostos, financiou pesquisas sobre armas biológicas, incluindo a covid-19, que matou milhões de pessoas?”.

Em meio às polêmicas, o site da Usaid saiu do ar no sábado – uma possível indicação de uma perda iminente da autonomia da agência que os funcionários previram que Trump tornaria oficial em breve com uma ordem executiva. A conta da agência no X também foi desativada.

O esforço de corte de custos é liderado por Musk no Doge, que não é um departamento governamental, e sim uma força-tarefa com um poder incomum e inédito na gestão Trump. Uma ordem executiva assinada pelo presidente deu aos seus trabalhadores acesso irrestrito a agências governamentais, uma ferramenta poderosa para monitorar e potencialmente limitar os gastos do governo. Em teoria, porém, os funcionários ainda precisariam obter autorizações de segurança adequadas para acessar material confidencial.

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