Munição e alimentos da Rússia não durarão mais que 3 dias, diz Ucrânia
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o estoque de suprimentos das tropas russas está próximo de acabar; a situação seria semelhante com o combustível
![Armiansk (Ukraine), 25/02/2022.- Russian troops move towards Ukraine on the road near Armiansk, Crimea, 25 February 2022. Russian troops entered Ukraine on 24 February prompting the country's president to declare martial law and triggering a series of announcements by Western countries to impose severe economic sanctions on Russia. (Rusia, Ucrania) EFE/EPA/STRINGER](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/02/d6d01dfd3d431446203634f4237fd47a352c16b1.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse nesta terça-feira, 22, que o estoque de suprimentos das tropas da Rússia está próximo de acabar. “De acordo com as informações disponíveis, as forças de ocupação russas que operam na Ucrânia têm estoques de munição e alimentos para não mais de três dias”, afirmou em comunicado no Facebook.
Segundo as autoridades, a situação é semelhante com o combustível russo. A Ucrânia informou ainda que ao menos trezentos militares russos “se recusaram a cumprir a ordem de realizar hostilidades” na região de Okhtyrka, que fica a 350 quilômetros a leste da capital Kiev.
Já nas regiões separatistas de Luhanksk e Donetsk, a leste, o governo ucraniano diz que “o inimigo continua tentando avançar, mas sem sucesso”. A Rússia afirma, contudo, que obteve progresso nessas regiões.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou ainda que o país vizinho “usa seus próprios cidadãos como escudo humano” em Mariupol, cidade sob constante ataque, e comparou a situação com a ocupação nazista em Berlim em 1945. A invasão russa à Ucrânia chegou hoje ao 27º dia.
ZELENSKY FALA COM O PAPA E AO PARLAMENTO ITALIANO
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou em seu Twitter que conversou com o Papa Francisco nesta terça e pediu ajuda ao pontífice para mediar as negociações com a Rússia.
“Falei com Sua Santidade sobre a difícil situação humanitária e o bloqueio pelas tropas russas dos corredores de resgate. O papel mediador da Santa Sé para acabar com o sofrimento humano seria apreciado. Obrigado pelas orações”, afirmou.
Posteriormente, o político discursou para o Parlamento da Itália e disse que seu país está prestes a sobreviver à guerra com as forças russas e acusou Vladimir Putin de querer avançar para o restante da Europa. “Para as tropas russas, a Ucrânia é a porta da Europa, onde eles querem invadir. Mas a barbárie não deve passar”, pontuou.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, falou ao parlamento que “a arrogância do governo russo bateu de frente com a dignidade do povo ucraniano, que conseguiu conter os objetivos expansionistas de Moscou e impor um custo enorme ao exército invasor”. Segundo a agência Reuters, Draghi disse que a Itália apoiaria a tentativa da Ucrânia de entrar na União Europeia.