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Moscou sofre com chuva de drones em meio à invasão ucraniana à Rússia

Defesas aéreas russas disseram ter abatido 11 drones sobre a cidade, 'um dos maiores' ataques do tipo contra a capital desde o início da guerra na Ucrânia

Por Da Redação Atualizado em 21 ago 2024, 09h17 - Publicado em 21 ago 2024, 09h07

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as defesas aéreas do país abateram onze drones ucranianos sobre Moscou nesta quarta-feira, 21, “um dos maiores” ataques desse tipo já feitos contra a capital russa.

“Onze drones foram destruídos” sobre Moscou e seus arredores, disse o Ministério da Defesa russo.

“Esta é uma das maiores tentativas de atacar Moscou com drones”, acrescentou o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Ele havia dito anteriormente que nenhum dano ou vítima foi registrado.

Ataques com drones a Moscou são raros, mas já aconteceram antes. Em maio, a Rússia disse que havia derrubado um desses equipamentos nos arredores da capital, restringindo voos em dois grandes aeroportos da cidade por uma hora.

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Kiev tem alvejado com mais frequência infraestruturas da indústria de petróleo e gás no país desde o início do conflito em 2022, algumas centenas de quilômetros de suas fronteiras. O governo ucraniano chamou os atos de retaliação “justa” por ataques à sua própria infraestrutura energética.

Drones ucranianos atacaram uma armazém de petróleo na região de Rostov, no sul da Rússia, no último domingo 18, causando um grande incêndio, segundo o governador local. As chamas na cidade de Proletarsk ainda estavam fora de controle na terça-feira 20, e cerca de 500 bombeiros russos foram enviados ao local.

Os ataques ao território russo ocorrem enquanto a Ucrânia conduz uma invasão à região russa de Kursk, que começou no dia 6 de agosto. Nesta quarta-feira, autoridades da região ucraniana de Sumy, do outro lado da fronteira, disseram que “centenas” de soldados russos se renderam durante a ofensiva.

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Em entrevista à agência de notícias AFP, um prisioneiro de guerra russo de 22 anos disse que ele e sua unidade foram “simplesmente abandonados pelo nosso comando” quando as tropas ucranianas apareceram e agora ele esperava fazer parte de uma troca de prisioneiros para “voltar para minha família”. O vice-chefe do centro de detenção, que se identificou como Volodymyr, disse à AFP que os prisioneiros de guerra estavam inicialmente com medo, mas “voltaram à vida” ao perceber que estavam sendo bem tratados.

O chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Syrskyi, comunicou que suas forças avançaram até 35 km Kursk adentro, enquanto Moscou decidiu realocar soldados de outras posições para fortalecer as defesas dentro de seu território. O Kremlin formou três novos grupos militares para fazer a segurança na fronteira com a Ucrânia, afirmou o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov.

Em paralelo, forças ucranianas disseram ter abatido três mísseis balísticos e 25 dos 26 drones lançados pela Rússia na terça-feira de manhã, contra nove regiões do país. Apesar da taxa de sucesso, uma instalação industrial de energia na região de Ternopil, no norte da Ucrânia, foi atingida. O ataque provocou um grande incêndio que liberou cloro no ar, segundo autoridades ucranianas.

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