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Morre escrava sexual chinesa que denunciou o Exército japonês

Huang Youliang era a última sobrevivente do grupo de mulheres que denunciou o exército japonês por usá-las como escravas sexuais durante a II Guerra

Por Da redação
Atualizado em 14 ago 2017, 19h44 - Publicado em 14 ago 2017, 08h34

A cidadã chinesa Huang Youliang, última sobrevivente do grupo de mulheres que denunciaram o Exército japonês por usá-las como escravas sexuais na invasão à China (1937-45) durante a II Guerra Mundial, morreu neste fim de semana aos 90 anos, informaram nesta segunda-feira os meios de comunicação oficial chineses.

Huang morreu em sua casa em Yidui, na ilha meridional chinesa de Hainan, o que deixa “a China sem testemunhas para falar dessa parte da história”, destacou Mei Li, porta-voz da organização Hong Kong History Watch, dedicada à lembrança desse obscuro episódio da ocupação japonesa.

A idosa fazia parte de um grupo de 24 cidadãs chinesas que apresentaram uma denúncia contra o governo japonês pelos danos físicos e psicológicos que sofreram quando foram forçadas a exercer a prostituição com soldados do Exército japonês. A prática do estupro atingiu milhares de mulheres à época.

A solicitação, que tinha por objetivo uma compensação de  215.000 dólares, foi apresentada em julho de 2001 perante um tribunal de Tóquio por sete mulheres, entre elas Huang.

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Os tribunais japoneses reconheceram o dano sofrido pelas mulheres, mas alegaram que o seu direito a solicitar uma compensação tinha expirado e que era inadmissível a apresentação de uma denúncia individual contra o Estado.

Huang foi estuprada aos 15 anos, em outubro de 1941, quando as tropas japonesas entraram no seu povoado e a obrigaram a permanecer dois anos em um bordel; as mulheres submetidas a esse tipo de violência eram chamadas pelos soldados nipônicos de “mulheres de consolo”.

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Com sua morte, calcula-se que haja pouco mais de uma dúzia de escravas sexuais daquela época ainda vivendo na China. Mas nenhuma fez parte do grupo que junto a Huang apresentou a denúncia ao Japão, já que algumas delas se negam a falar em público dos traumas sofridos durante a guerra.

China e Coreia do Sul estimam que pelo menos 200.000 mulheres de cada um desses países tenham sido forçadas a exercer a prostituição durante a ocupação japonesa.

(com agência EFE)

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