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Morre aos 113 anos a mais velha sobrevivente do Holocausto

A informação foi confirmada pela filha de Rose Girone, que também foi vítima do nazismo

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 fev 2025, 09h27 - Publicado em 28 fev 2025, 09h27

Rose Girone, a mulher que acreditava-se ser a mais velha sobrevivente do Holocausto, morreu aos 113 anos, informou sua família e uma organização judaica que trabalha com indenizações para vítimas do nazismo na quinta-feira 27.

A organização sem fins lucrativos Claims Conference afirmou em uma postagem nas redes sociais que Girone faleceu na segunda-feira 24. De acordo com a emissora americana CNN, ela vivia em uma casa de repouso em Bellmore, em Nova York, nos Estados Unidos.

Girone, cujo nome de nascimento era Rosa Raubvogel, nasceu em 1912 em uma família judia no sudeste da Polônia, à época parte do antigo Império Russo. Quando criança, ela se mudou para Hamburgo, na Alemanha.

Em 1937, ela se casou com um judeu alemão, chamado Julius Mannheim.

De acordo com a Claims Conference, Girone já estava grávida de oito meses quando seu marido foi preso e enviado para Buchenwald, na Alemanha central, um dos mais notórios campos de concentração nazistas. Segundo seu próprio relato, um dos soldados da SS que foi à casa deles para deportar seu marido também queria prendê-la, mas outro o dissuadiu dizendo: “Não, ela está grávida – deixe-a em paz”.

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Após seu marido ser libertado, sob a condição de que a família deixasse o país em seis semanas e entregasse todas as suas joias, economias e objetos de valor, a família fugiu de Breslau, na Alemanha, para Xangai, na China. Lá, encontrou uma guerra entre os chineses e o Japão, e acabou vivendo em um gueto sob o domínio de um oficial japonês que se autodenominava “O Rei dos Judeus”, contou em depoimento à USC Shoah Foundation, que coleta depoimentos de sobreviventes.

Após a guerra, Girone e sua família se mudaram para os Estados Unidos. Ela começou a trabalhar como instrutora de tricô e morou em vários lugares na área de Nova York, eventualmente abrindo uma loja de tricô no Queens. Veio a se divorciar do primeiro marido e depois casou-se novamente com um americano, Jack Girone.

“Ela era uma mulher forte, resiliente. Ela fez o melhor de situações terríveis”, disse sua filha, Reha Bennicasa, em um comunicado.

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“Ela era muito sensata, muito sensata. Não havia nada que eu não pudesse levar até ela para me ajudar a resolver — nunca — desde a infância”, completou ela, também uma sobrevivente do Holocausto.

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