Ministro de Israel pede retorno de judeus colonos à Faixa de Gaza
Bezalel Smotrich, chefe da pasta de Finanças, ainda sugeriu que palestinos emigrem da região
Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich pediu o retorno de judeus colonos à Faixa de Gaza após a guerra Israel-Hamas e ainda declarou que os palestinos que moram na região devem ser encorajados a emigrar. De acordo com a AFP, o israelense fez o discurso em entrevista à rádio oficial do exército de Israel. “Para ter segurança, devemos controlar o território. Para controlar militarmente o território por um longo período, precisamos de uma presença civil”, defendeu Smotrich em resposta a uma pergunta sobre a ideia de restabelecer colonatos em Gaza.
Em guerra contra o Hamas desde 7 de outubro, quando o grupo islâmico palestino realizara um ataque contra israelenses em um festival de música eletrônica matando 1.200 civis, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu ainda não sugeriu oficialmente que tenha planos para expulsar os palestinos que habitam Gaza para que colonos judeus retomem controle do território.
Israel retirou unilateralmente o último dos seus soldados e colonos da região em 2005, pondo fim a uma presença dentro de Gaza que começara em 1967, mas manteve o controle quase completo sobre as fronteiras do território desde então. Colonatos em terras palestinas são consideradas ilegais pelas diretrizes internacionais, mas são aprovadas por Israel.
Até o momento, mais de 21.600 palestinos foram mortos por ataques israelenses.
Em uma mensagem de Ano-Novo, o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Riad Malki, condenou a “persistência da máquina de guerra israelense na guerra do genocídio”. “Damos as boas-vindas ao novo ano e ao 59º aniversário do início da revolução palestina, mas as feridas do nosso povo estão sangrando devido à persistência da máquina de guerra israelense na guerra de genocídio, destruição e deslocamento, fome, propagação de epidemias, invasões, prisões e tortura, todos crimes de limpeza étnica que dominam a vida quotidiana dos cidadãos palestinianos”, escreveu o político no X, antigo Twitter.
“Reafirmamos a nossa exigência no início deste ano de um cessar-fogo imediato e esperamos e trabalhamos para que o novo ano seja o ano em que o povo palestiniano obtenha os seus direitos nacionais justos e legítimos ao regresso, à autodeterminação e à concretização da o Estado palestiniano no terreno, com Jerusalém Oriental como capital, e para que a segurança e a paz prevaleçam na região e no mundo”, completou.