Ministro de Israel pede retorno de judeus colonos à Faixa de Gaza
Bezalel Smotrich, chefe da pasta de Finanças, ainda sugeriu que palestinos emigrem da região
![Bezalel Smotrich, Israels finance minister, speaks during a news conference to present a cost of living plan in Jerusalem, Israel, on Wednesday, Jan. 11. 2023. Israel has raised interest rates to their highest level since 2008 and indicated theyll remain elevated for some time. Photographer: Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/03/GettyImages-1246159811.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&h=683&crop=1)
Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich pediu o retorno de judeus colonos à Faixa de Gaza após a guerra Israel-Hamas e ainda declarou que os palestinos que moram na região devem ser encorajados a emigrar. De acordo com a AFP, o israelense fez o discurso em entrevista à rádio oficial do exército de Israel. “Para ter segurança, devemos controlar o território. Para controlar militarmente o território por um longo período, precisamos de uma presença civil”, defendeu Smotrich em resposta a uma pergunta sobre a ideia de restabelecer colonatos em Gaza.
Em guerra contra o Hamas desde 7 de outubro, quando o grupo islâmico palestino realizara um ataque contra israelenses em um festival de música eletrônica matando 1.200 civis, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu ainda não sugeriu oficialmente que tenha planos para expulsar os palestinos que habitam Gaza para que colonos judeus retomem controle do território.
Israel retirou unilateralmente o último dos seus soldados e colonos da região em 2005, pondo fim a uma presença dentro de Gaza que começara em 1967, mas manteve o controle quase completo sobre as fronteiras do território desde então. Colonatos em terras palestinas são consideradas ilegais pelas diretrizes internacionais, mas são aprovadas por Israel.
Até o momento, mais de 21.600 palestinos foram mortos por ataques israelenses.
Em uma mensagem de Ano-Novo, o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Riad Malki, condenou a “persistência da máquina de guerra israelense na guerra do genocídio”. “Damos as boas-vindas ao novo ano e ao 59º aniversário do início da revolução palestina, mas as feridas do nosso povo estão sangrando devido à persistência da máquina de guerra israelense na guerra de genocídio, destruição e deslocamento, fome, propagação de epidemias, invasões, prisões e tortura, todos crimes de limpeza étnica que dominam a vida quotidiana dos cidadãos palestinianos”, escreveu o político no X, antigo Twitter.
“Reafirmamos a nossa exigência no início deste ano de um cessar-fogo imediato e esperamos e trabalhamos para que o novo ano seja o ano em que o povo palestiniano obtenha os seus direitos nacionais justos e legítimos ao regresso, à autodeterminação e à concretização da o Estado palestiniano no terreno, com Jerusalém Oriental como capital, e para que a segurança e a paz prevaleçam na região e no mundo”, completou.