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Ministro canadense revela ter sido detido nos EUA por usar turbante

Navdeep Bains, que segue a religião de origem indiana sikh, afirma que seu retorno ao Canadá só foi permitido quando mostrou seu passaporte diplomático

Por Da Redação
Atualizado em 11 Maio 2018, 11h24 - Publicado em 11 Maio 2018, 11h13

O ministro de Inovação, Ciência e Desenvolvimento Econômico do Canadá, Navdeep Bains, denunciou na quinta-feira ter sido detido por agentes da fronteira dos Estados Unidos, em 2017, porque usava um turbante. Bains, que segue a religião de origem indiana sikh, afirmou que seu retorno ao Canadá só foi permitido quando mostrou seu passaporte diplomático.

A denúncia foi feita ao jornal canadense La Presse. O ministro contou que, em abril do ano passado, após passar pelos pontos de segurança do aeroporto de Detroit, incluindo o detector de metais, os agentes da fronteira solicitaram uma nova revista para verificar resíduos de produtos químicos. Após um falso positivo, os policiais teriam pedido que ele retirasse o turbante. Na cultura sikh, o turbante é uma peça obrigatória para os homens adultos e não pode ser retirado em público.

Bains pediu, então, para fazer um novo teste. A segunda revista deu negativo, e o ministro resolveu se dirigir à porta de embarque. Antes que pudesse entrar no avião, os agentes teriam pedido novamente para ele retirar seu turbante. Bains mostrou então seu passaporte diplomático, e os policiais disseram não ser mais necessário atender ao pedido.

O ministro classificou a atitude dos agentes americanos como discriminatória e disse que, quando viaja, não mostra seu passaporte diplomático para ser tratado como todos.

“Quando vou embarcar, me dizem para retirar o turbante. Mas, ao saber de meu status diplomático, me dizem que tudo está bem? Essa não é uma resposta satisfatória”, afirmou.

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Após saber do incidente, o governo canadense entrou em contato com o governo americano, que se desculpou pelo tratamento dado ao ministro.

Massacre

Por sua tradição religiosa de usar turbantes, os sikhs costumam ser confundidos com muçulmanos e já foram alvos de ativistas anti-islâmicos nos Estados Unidos, principalmente após o atentado de 11 de setembro.

Em agosto de 2012, um homem abriu fogo contra pessoas em um templo sikh no estado de Wisconsin, matando seis pessoas e deixando dezenas de feridos. O agressor foi morto no local em uma troca de tiros com a polícia.

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Na época, o então presidente americano, Barack Obama, afirmou que estava consternado com o massacre. “Lamentamos essa perda de vidas que aconteceu em um local de oração e lembramos que o nosso país foi enriquecido pelos sikhs, que fazem parte da grande família americana”, disse.

(Com EFE)

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