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Mineiros do Chile cobram participação nos lucros do filme sobre sua história

Alguns dos 33 mineiros resgatados do fundo de uma mina, em 2010, dizem que foram forçados a assinar contratos irregulares e escritos apenas em inglês

Por Da Redação
8 nov 2013, 13h52

O resgate dos 33 chilenos que ficaram soterrados em uma mina localizada ao norte do país mobilizou as atenções de todo o mundo no dia 13 de outubro de 2010. Hollywood não ficou indiferente e pôs em produção um longa-metragem sobre o drama vivido pelos mineiros. O filme ainda está longe de chegar às telas, mas já provoca controvérsia. Segundo o jornal The Guardian, os chilenos estão acusando os produtores de forçá-los a assinar contratos irregulares e disponíveis apenas em inglês.

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Liderados por Luis Urzúa, um dos principais representantes dos mineiros durante os 69 dias de soterramento, um grupo formado pelos trabalhadores cobra participação nos royalties do filme. Os chilenos afirmam que foram abandonados pelos advogados. “Temos que garantir nossos interesses. Não iremos fazer um filme para depois perceber que nossos direitos foram desrespeitados”, afirmou.

As filmagens estão previstas para começar daqui algumas semanas e contarão com atores de peso, como Antonio Banderas e Martin Sheen. Mario Sepulveda, que assumiu o papel de porta-voz dos trabalhadores nos vídeos gravados embaixo da terra, disse que não irá se encontrar com Banderas até a revisão dos contratos. O ator esteve no Chile no último mês, mas Sepulveda rejeitou o convite para conhecê-lo. “Não haverá nenhum encontro com Banderas até as condições dos contratos serem fixadas. É o único jeito para pressionar os responsáveis a resolverem essa situação”, disse Elvira Valdivia, mulher e representante de Sepulveda, ao jornal La Tercera.

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Outro grupo formado pelos mineiros, contudo, afirma que os contratos estavam disponíveis em espanhol e foram aprovados após uma votação entre todos os trabalhadores. A discussão em torno dos royalties está focada nos lucros que os mineiros obterão com o uso de elementos essenciais para o filme, como um diário mantido pelos chilenos e os detalhes ainda desconhecidos sobre os primeiros dezessete dias depois do soterramento. Durante este período, os mineiros decidiram criar uma sociedade para administrar problemas diários, como falta de comida e de iluminação. Especialistas da Nasa disseram posteriormente que o sistema comunitário e democrático foi crucial para a sobrevivência deles.

Os insatisfeitos desejam revisar os contratos iniciais, assinados em dezembro de 2010. Os mineiros afirmam que serão recompensados com uma quantia em dinheiro pela concessão dos direitos da história, mas reclamam que serão excluídos dos lucros obtidos com a comercialização do filme. A empresa Carey, que supervisionou a assinatura dos contratos, disse que não fará nenhum pronunciamento sobre o caso.

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