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Mesmo com ameaças de Trump, Irã duvida de novo ataque americano

Presidente dos Estados Unidos usou o Twitter para afirmar que identificou 52 alvos iranianos em caso de retaliação

Por EFE 5 jan 2020, 10h37

O Exército do Irã afirmou neste domingo que os Estados Unidos “não ousarão atacar” o território iraniano após o presidente americano, Donald Trump, dizer que  identificou 52 alvos no país persa. Já o presidente do parlamento do país, Ali Larijani, pediu para os EUA retirarem suas tropas do Oriente Médio.

“Em um possível conflito futuro, é improvável que eles ousem fazer isso e aí ficará determinado a que lugar pertencem esses números 5 e 2”, disse o comandante geral do Exército Iraniano, Abdolrahim Mousavi.

A declaração do comandante geral é uma resposta a tuítes publicados por Trump nos quais o chefe de governo dos EUA ameaça os iranianos em caso de retaliação ao ataque realizado por tropas americanos da última sexta-feira que vitimou, entre outros, o general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, divisão de elite da Guarda Revolucionária iraniana.

Segundo Mousavi, os americanos querem apenas lavar a própria imagem depois de terem cometido o que chamou de “ato desumano, que aos olhos da opinião internacional é injustificável”.

Soleimani morreu na última quinta-feira perto de Bagdá em um ataque a drone dos EUA, que matou também o vice-presidente das Forças de Mobilização Popular (FMP), milícia iraquiana majoritariamente xiita, Abu Mahdi al-Muhandis, e outros integrantes do grupo.

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O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, assim como os principais atores políticos e militares do país, juraram que vão vingar o assassinato do influente general, cujo funeral começou hoje no país persa e durará três dias.

Em resposta a essas ameaças, Trump afirmou ontem que identificou 52 alvos no Irã para responder “muito rapidamente” e “muito fortemente” a uma possível retaliação de Teerã.

Oriente Médio em alerta

Também neste domingo, o Ali Larijani declarou que o ataque na região de Bagdá colocou em perigo a segurança no Oriente Médio e a vida dos americanos que vivem na região e pediu uma saída imediata das tropas dos EUA.

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“Antes de mais nada, é melhor segurarem seus chapéus e correrem”, declarou Larijani em uma sessão parlamentar neste domingo, no dia em que o funeral de Soleimani começou no Irã.

O chefe do Parlamento considerou infundada a alegação do governo americano de que Soleimani foi morto porque estava preparando ataques contra as forças dos EUA na Síria, no Líbano e no Iraque. “O povo americano e a Câmara dos Representantes devem saber que a alegação do presidente dos EUA é uma mentira para arrastar uma guerra e um crime terrorista”, denunciou.

Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohamad Yavad Zarif, foi mais comedido em suas palavras, mas também vê com bons olhos a retirada das tropas americanas. “O fim da presença maligna dos Estados Unidos na Ásia Ocidental começou”, escreveu o ministro. “Houve graves violações do direito internacional com os assassinatos covardes de sexta-feira”, completou.

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