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Merz sofre reviravolta e não consegue maioria para se tornar chanceler da Alemanha

Líder conservador passou meses costurando coalizão, mas perdeu 1ª votação no Parlamento – que agora tem 14 dias para aprová-lo ou eleger novo chanceler

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 Maio 2025, 11h35 - Publicado em 6 Maio 2025, 07h37

O líder conservador alemão Friedrich Merz não conseguiu obter a maioria dos votos parlamentares para se tornar chanceler nesta terça-feira, 5, numa reviravolta que voltou a abalar a política na maior economia da Europa.

Merz, de 69 anos, que liderou a União Democrata Cristã (CDU) à vitória nas eleições federais em fevereiro e assinou um acordo de coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, obteve apenas 310 votos na câmara baixa, o Bundestag, seis a menos que a maioria absoluta. A votação foi secreta, mas isso significa que pelo menos 18 parlamentares da coalizão não o apoiaram.

Nove parlamentares se abstiveram, enquanto 307 votaram contra Merz.

Embora não tenha sido um revés fatal, o fracasso de Merz na primeira rodada é inédito no período pós-guerra na Alemanha, e um constrangimento para aquele que prometeu representar estabilidade política e econômica em um momento de turbulência global. Não está claro se ele vai seguir viagem para a França e a Polônia na quarta-feira, 7, como havia planejado.

“Isso é um ponto negativo significativo. Ele ainda tem chances de ser eleito, mas isso mostra que a coalizão não está unida, o que pode enfraquecer sua capacidade de implementar políticas”, disse Holger Schmieding, economista-chefe da Berenberg em Londres, à agência de notícias Reuters. Em reação, as ações alemãs ampliaram a tendência de queda, e os rendimentos dos títulos caíram.

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Duas semanas decisivas

O Bundestag tem agora catorze dias para eleger Merz, ou outro chanceler. Seu desafio será unir as fileiras – caso não consiga, o futuro da coalizão é incerto.

A CDU venceu as eleições de fevereiro com 28,5% dos votos, precisando de pelo menos um parceiro para formar um governo com maioria. Na segunda-feira passada, assinaram um acordo de coalizão com o SPD, que obteve apenas 16,4%. Mas ambos os partidos perderam apoio desde o pleito: o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que ficou em segundo lugar e recentemente foi reconhecido oficialmente como uma organização extremista de direita, passou a liderar as últimas pesquisas de opinião.

Alice Weidel, líder da AfD, exigiu eleições antecipadas após o fracasso do líder conservador.

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“Merz deveria se afastar e o caminho deveria ser aberto para uma eleição geral”, disse ela a repórteres, chamando o resultado de um “bom dia para a Alemanha”.

Espera-se que Merz seja eleito pelo Budestag no segundo turno, mas a relação entre os aliados deve ser prejudicada, o que agravaria os conflitos que já estão latentes. A política no país passa por um período de turbulência desde que o “governo tripé” liderado por Olaf Scholz, do SPD, colapsou em novembro passado. Enquanto isso, uma guerra comercial desencadeada pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça causar um terceiro ano de recessão na economia alemã.

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