Menino que caiu em poço na Espanha é enterrado neste domingo

Julen Roselló, de apenas dois anos de idade, morreu em virtude da queda em um túnel vertical aberto sem autorização

Por Da Redação 27 jan 2019, 18h57

Pais do menino Julen seguram uma bola enquanto esperam a chegada do corpo de seu filho, encontrado sem vida após cair em um poço em Totalan, em Málaga, sul da Espanha - 26/01/2019 (Jon Nazca/Reuters)

Julen Roselló, o garoto de dois anos que morreu ao cair em um poço profundo e estreito em 13 de janeiro, foi enterrado neste domingo (27) na cidade espanhola de Málaga. Seu corpo foi encontrado neste sábado pelos socorristas, em meio a uma operação com mineiros que mobilizou o país.

A família de Julen Roselló entrou no cemitério San Juan de Málaga aplaudida por uma multidão de pessoas, que se aproximou da entrada para manifestar seu apoio a este jovem casal que perdeu seus dois filhos em dois anos. Segundo pessoas próximas do casal, o menino foi enterrado ao lado do irmão, Oliver, que morreu vítima de uma crise cardíaca, aos três anos, em 2017.

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Em 13 de janeiro, o pequeno Julen caiu por acidente, segundo seus pais, em um poço abandonado de 25 centímetros de diâmetro e mais de 100 metros de profundidade cavado para buscar água. O menino brincava em um terreno pertencente a um familiar. Os pais almoçavam perto do poço, que foi aberto sem autorização segundo as autoridades locais.

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Os primeiros elementos da investigação apontam que Julen sofreu uma “queda livre de 71 metros”. Segundo um fotógrafo da AFP, ao saber do trágico desfecho, o pai de Julen gritou “Não, outra vez, não!”. A mãe também gritou sua dor. A operação para encontrar o menino mobilizou uma enorme aparato: cerca de 300 pessoas, explosivos para escavar e uma unidade de mineiros de elite que viajaram de Astúrias, noroeste do país.

Segundo a imprensa local, a necropsia revelou que Julen faleceu no mesmo dia da queda, como consequência de “um traumatismo craniencefálico”. Cabe agora ao juiz de Málaga determinar as “possíveis responsabilidades pela morte de Julen”. Também foi feito um apelo para que se cubra os poços ilegais em todo país, particularmente na Andaluzia.

(com AFP)