Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Menina atacada por talibãs é operada com sucesso

Malala Yousafzai, de 14 anos, sofreu represália por denunciar regime de terror

Por Da Redação
10 out 2012, 10h19

A defensora dos direitos das meninas no Paquistão Malala Yousafzai, de apenas 14 anos, apresenta quadro de saúde estável nesta quarta-feira após ter uma bala extraída do seu pescoço devido a um ataque dos talibãs ocorrido na terça-feira. A menina ganhou relevância internacional há três anos, quando passou a divulgar sob pseudônimo em um blog o regime de terror imposto pelos talibãs em sua região natal no Vale de Swat, no extremo norte do Paquistão.

Em uma operação que durou três horas, os médicos extraíram durante a madrugada um projétil – dos dois que a menina recebeu – que estava alojado em seu pescoço, perto da medula espinhal. Os médicos aconselharam que a menina seja transferida ao exterior a fim de receber um melhor tratamento, e vários veículos da imprensa paquistanesa especulam que Malala será levada a Dubai assim que a equipe médica autorizar.

Leia também:

Leia também: Menina paquistanesa acusada de blasfêmia diz temer morte

A ‘ousadia’ da menina, assim como a de sua família, que a encorajou a seguir frequentando a escola apesar da proibição dos fundamentalistas, valeu-lhe duras ameaças do grupo talibã local, dirigido pelo maulana (‘mestre’) Fazlulá. Apesar de os talibãs terem sido expulsos de Swat em 2009, a ameaça seguiu vigente e ontem a menina foi atacada quando voltava da escola com duas amigas.

Continua após a publicidade

“Dois homens pararam o veículo, perguntaram quem era Malala e dispararam contra ela e suas amigas”, disse uma autoridade policial de Swat, Wazir Badshá, que reconheceu que ninguém foi detido pela agressão ainda. Os talibãs assumiram o ataque em um extenso comunicado enviado à imprensa local no qual afirmavam que ‘Malala foi atacada por seu papel pioneiro na prédica do secularismo e da chamada ilustração moderada’.

Sharia – O texto, assinado pelo porta-voz dos talibãs agrupados sob a sigla TTP, Ensanulá Ehsán, recorre a passagens do Corão para justificar o ataque à menina e diz que matar Malala era uma ‘obrigação sob a sharia (‘lei islâmica’)’. O ataque teve grande impacto no país, onde Malala recebeu no ano passado o Prêmio Nacional da Paz por sua defesa da educação das meninas frente aos postulados dos fundamentalistas radicais.

Saiba mais:

Saiba mais: O Futuro que as Mulheres Querem: Um Chamado à Ação

Continua após a publicidade

Em seu blog, escrito em hindi na página da BBC desde 2009, quando tinha apenas 11 anos, Malala conta que os talibãs incendeiam escolas para meninas e matam os opositores no vale do Swat.

O atentado provocou a condenação de todas as autoridades do Paquistão, com o presidente Asif Ali Zardari e o primeiro-ministro Raja Pervaiz Ashraf à frente, e também causou a indignação de autoridades estrangeiras. “O futuro do Paquistão pertence a Malala e aos valentes jovens como ela. A história não se lembrará dos covardes que tentaram matá-la na escola”, disse através do Twitter a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.