Melania diz ignorar rumores sobre traições de Trump
Em entrevista, primeira-dama afirmou que seu casamento vai bem e que a imprensa gosta de divulgar boatos mentirosos
A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, afirmou em uma entrevista divulgada nesta sexta-feira (12) que os supostos casos extraconjugais de seu marido não são uma preocupação para ela e que tem “coisas muito mais importantes para pensar e fazer”.
As declarações fazem parte de uma entrevista concedida por Melania à emissora ABC durante sua viagem para a África na semana passada. O primeiro trecho da reportagem já havia sido exibido pelo canal na quinta-feira (11).
A primeira-dama afirmou que as pessoas gostam de divulgar boatos mentirosos sobre seu casamento.
“Eu sei que as pessoas gostam de especular e a imprensa gosta de especular sobre nosso casamento e espalhar fofocas”, disse. “Eu entendo que fofoca vende jornais e revistas e, infelizmente, vivemos neste tipo de mundo atualmente”.
Melania insistiu que as especulações sobre os casos extraconjugais de Donald Trump não são uma “preocupação” para ela.
“Não é uma preocupação ou foco para mim. Eu sou mãe e primeira-dama e tenho coisas muito mais importantes para pensar e fazer”, afirmou. “Eu sei o que é certo e o que é verdade ou não”, completou.
A atriz pornô Stormy Daniels e a ex-modelo da Playboy Karen McDougal alegam ter mantido relações sexuais com Donald Trump quando ele já era casado com Melania. Outros rumores sobre casos extraconjugais também surgiram após as eleições de 2016.
Trump nega as acusações. O presidente, contudo, reconhece ter reembolsado seu advogado pessoal por pagamentos feitos às mulheres para manter o silêncio sobre o caso.
A primeira-dama se manteve quieta sobre o assunto durante a entrevista. Quando questionada se ama seu marido, a resposta foi positiva. “Sim, estamos bem. Sim.”
A entrevista foi gravada na semana passada no Quênia, o primeiro destino do tour pela África de Melania. O objetivo da viagem foi levar seu programa social “Be Best”, de assistência a mães e crianças vulneráveis, e um lado mais humanitário da diplomacia americana ao país e outras três nações do continente.
Na primeira parte da entrevista exibida ontem, a primeira-dama defendeu que as mulheres vítimas de abusos sexuais apresentem “provas concretas” ao fazer suas denúncias.
“Eu apoio as mulheres, mas precisamos mostrar as evidências”, disse a primeira-dama. “Porque, às vezes, a imprensa vai longe demais e retrata algumas histórias que não estão corretas. Não está certo.”
A posição de Melania espelha a de seu marido que apoiou a aprovação, pelo Senado, da indicação do juiz acusado de abuso sexual Brett Kavanaugh para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Também a distancia da campanha mundial #MeToo, em favor da prevenção de abusos e da denúncia de casos de estupro.
Muitas de suas ativistas se manifestaram na semana passada em Washington enquanto o Senado americano deliberava sobre a indicação da Casa Branca para a Suprema Corte.
Além disso, Melania confessou ao jornalista Tom Llamas, que conduziu a entrevista, ser “a pessoa que mais sofre bullying no mundo”. Por esta razão, a terceira mulher de Donald Trump enxertou o tema do combate ao cyberbullying na agenda de sua campanha “Be Best” (seja melhor, em português), voltado ao bem-estar de mães e bebês.
Surpreso, o jornalista tentou extrair dela até onde chegaria seu sentimento de perseguição. Ela tentou lhe dar um exemplo. “Uma delas: se você realmente vir o que as pessoas dizem sobre mim”, disse ela, para em seguida revelar que não confia em alguns dos colaboradores de seu marido na Casa Branca.