Massacre no Texas: Escola em Uvalde será demolida, diz prefeito
Don McLaughlin disse que alunos e professores não podem voltar para o prédio onde 21 pessoas morreram a tiros; outra escola será construída no lugar
O prefeito de Uvalde, no Texas, Don McLaughlin, informou que a Robb Elementary School, onde um atirador matou 19 crianças e dois adultos, será demolida.
Durante uma reunião do conselho em Uvalde na terça-feira 21, McLaughlin disse que era seu “entendimento” que a escola primária deveria ser demolida e uma nova escola seria construída para seus quase 600 alunos após a tragédia em maio.
“Meu entendimento – e tive essa discussão com o superintendente [do distrito escolar] – é que a escola será demolida. Você não pode pedir a uma criança para voltar, ou a um professor para voltar naquela escola, nunca”, disse o prefeito. Ele não deu detalhes sobre quando a demolição vai começar.
A escola em Sandy Hook, em Connecticut, onde 26 pessoas foram mortas em um tiroteio em massa em 2012, foi demolida, e uma nova escola foi construída no local.
Os comentários do prefeito ocorrem em meio a questionamentos sobre a resposta da polícia ao massacre em 25 de maio. A opinião pública ficou ainda mais negativa depois que foi descoberto que os policiais, fortemente armados, esperaram 70 minutos na escola antes de invadir a sala de aula onde o atirador estava.
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Steve McCraw, chefe de segurança pública do Texas, chamou a resposta da polícia de “uma falha abjeta e antitética” sobre como responder a tais crises. Ele disse que o chefe de polícia local, Pedro “Pete” Arredondo, que era o comandante da operação, impediu que outros policiais agissem mais cedo, potencialmente limitando as mortes.
Arredondo “decidiu colocar a vida dos policiais acima da vida das crianças”, disse McCraw. “Os policiais tinham armas – as crianças não tinham. Os policiais usavam colete à prova de balas – as crianças não. Os policiais tinham treinamento – o atirador não tinha.”
O massacre de Uvalde, que ocorreu dez dias depois que um atirador matou dez pessoas negras a tiros em Buffalo, Nova York, levou a um novo impulso por leis de controle de armas.
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Nesta terça-feira, os senadores dos Estados Unidos anunciaram um acordo sobre um projeto de lei contra violência armada, que endureceria as verificações de antecedentes para pessoas menores de 21 anos que compram armas e reforçaria as penas aos traficantes de armas. Além disso, desembolsaria dinheiro para estados e comunidades com o objetivo de melhorar a segurança escolar e ampliar iniciativas que promovem saúde mental.
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