Mais de 4 mil pessoas abandonam suas casas após novo dilúvio na Espanha
Málaga registra em apenas 1h quase um mês de chuva, apenas duas semanas de enchentes mortais em Valência
Autoridades de Málaga, no sul da Espanha, afirmaram nesta quinta-feira, 14, que mais de 4 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na região devido a uma nova rodada de chuvas torrenciais, apenas duas semanas após enchentes matarem pelo menos 220 em Valência e comunidades próximas.
Antonio Sanz, diretor do Plano de Emergência para Risco de Inundação na Andaluzia, acrescentou que cinco áreas perto da margem do rio Guadalhorce foram evacuadas preventivamente devido ao risco de transbordamento. Na quarta-feira, a Câmara Municipal de Málaga já havia emitido alertas de retirada perto do Rio Campanillas.
Em apenas uma hora, quase um mês de chuva inundou a cidade de Málaga, na região da Andaluzia, de acordo com a agência meteorológica do país, AEMet. A província do sul da Espanha registrou cerca de 100 milímetros de chuva até a quarta-feira, 78 milímetros dos quais caíram em uma hora. Málaga normalmente tem uma média de 100,5 milímetros de chuva no mês de novembro inteiro.
A AEMet emitiu alertas vermelhos nas regiões da Andaluzia e Catalunha para chuvas extremas. Estradas ficaram intransitáveis e porões foram inundados em várias cidades.
O Ministério dos Transportes e Mobilidade Sustentável também anunciou que suspendeu a linha ferroviária Málaga-Madri devido ao acúmulo de água nos trilhos. O ministro da pasta, Óscar Puente, declarou proibido todos os deslocamentos não essenciais nas estradas de Valência.
Mais chuva a caminho
Tempestades devem continuar nesta quinta nas províncias de Málaga e Granada até Valência e Tarragona, com previsão de até 180 milímetros de chuva. Autoridades anunciaram o fechamento de escolas em toda a província de Málaga, bem como nos municípios de Sevilha, Cádiz e Huelva.
A Câmara Municipal de Valência também anunciou que as atividades escolares estão suspensas em toda a cidade e seus distritos nesta quarta e quinta-feira, para evitar riscos.
O país ainda está se recuperando das enchentes históricas que mataram mais de 220 pessoas há apenas duas semanas, seu pior dilúvio em décadas. No último fim de semana, manifestantes marcharam em Valência exigindo a renúncia do presidente regional, Carlos Mazón, pela resposta lenta ao desastre natural.