Macron aparece à frente de Le Pen nas últimas pesquisas antes da eleição
Atual presidente tem 54% das intenções de voto, contra 44% de sua rival da extrema-direita; franceses vão às urnas no domingo para decidir
O atual presidente francês, Emmanuel Macron, se mantém como favorito no segundo turno das eleições que serão realizadas neste domingo, 24. O candidato do centro vem ampliando sua vantagem sobre a rival, Marine Le Pen, da extrema-direita, progressivamente. Uma nova pesquisa feita a pedido do jornal Le Monde mostra Macron com 54% das intenções de voto, contra 44% de Le Pen.
Outras pesquisas anteriores também mostram diferenças semelhantes, variando de 53% a 57,5% dos votos para Macron contra 42,5% a 47% para Le Pen. Mesmo assim, a margem é bem mais apertada que aquela registrada na eleição de 2017, quanto o atual presidente venceu Le Pen com 32 pontos porcentuais a mais.
A análise mais recente, feita pelo instituto Ipsos em parceria com o Centro de Pesquisas Políticas da Universidade Sciences Po, aponta que 39% dos eleitores que pretendem votar em Macron têm como principal motivação impedir que Le Pen vença. Outros 25% afirmam que concordam com suas ideias, e 36% dizem confiar no atual presidente. No caso de Le Pen, há maior identificação com suas propostas: 42% concordam com suas ideias, e 38% vão às urnas para impedir a reeleição de Macron.
Mesmo à frente, Macron tem convocado os franceses a votar para impedir a ascensão da extrema-direita ao poder. “Nada está garantido”, afirmou ele na quinta-feira 21, em um dos últimos atos de campanha de reeleição. Sua tentativa é captar os votos da esquerda que iriam para Jean-Luc Melénchon, que teve 22% dos votos no primeiro turno e ficou de fora da segunda fase do pleito. Muitos de seus eleitores iriam se abster ou votar nulo, mas agora consideram o “voto útil” a Macron.
Embora seja considerado um “presidente dos ricos” por parte da população francesa, pesquisas mostram que sua postura é vista pela maioria como digna de um chefe de Estado, capaz de tirar a França de crises e projetar uma imagem positiva do país no exterior, algo que Le Pen não seria capaz.