Lula marca encontro com principal autoridade do governo dos EUA no Brasil
A informação, divulgada primeiro pela CNN, foi confirmada pela embaixada dos EUA e pela campanha do candidato à Presidência

O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um encontro agendado para esta quarta-feira, 21, com o principal representante dos Estados Unidos no Brasil.
A VEJA, a embaixada dos Estados Unidos afirmou que o encontro não será propriamente com o Departamento de Estado. “A reunião acontecerá no Brasil com o encarregado de negócios da embaixada e consulados dos Estados Unidos, Douglas Koneff”, disse em comunicado.
Koneff é a principal autoridade do governo americano no Brasil, já que o cargo de embaixador está vago.
“Como prática, diplomatas norte-americanos da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil se reúnem regularmente, de forma privada, com partidos políticos e candidatos. Vemos como uma valiosa oportunidade para o governo dos EUA ouvir as perspectivas sobre eventos atuais e opiniões políticas sobre questões de interesse mútuo. Nós planejamos continuar com este esforço para encontrar com todos os principais candidatos presidenciais das eleições de outubro”, completou.
A informação, divulgada primeiro pela CNN, foi confirmada também por fontes da campanha de Lula. Do lado brasileiro, além de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim e o senador Jacques Wagner, cotado para o Itamaraty, também devem participar.
Segundo a CNN, os dois lados tratam o encontro de maneira extremamente discreta. Fontes da campanha de Lula disseram à rede que a ideia inicial era que ocorresse entre o primeiro e o segundo turno das eleições, ou após o fim do período eleitoral. No entanto, com a possibilidade de o pleito acabar no primeiro turno, como indicam algumas pesquisas de opinião, ambos os lados avaliaram que seria melhor que o encontro ocorresse mais cedo.
O plano é que eles se encontrem em São Paulo, na sede do Instituto Lula, de acordo com as fontes da CNN, mas um comunicado da embaixada americana à rede informou que “as datas das reuniões não têm ligação com outros eventos e dependem exclusivamente da disponibilidade dos candidatos”.
O objetivo das autoridades americanas é assegurar apoio ao resultado eleitoral e abordar possíveis temas de uma agenda bilateral, como democracia e meio ambiente, partes importantes da agenda doméstica e internacional do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.