Lula conversa com presidente de Israel e pede corredor humanitário
Presidente falou com Isaac Herzog por telefone e transmitiu seu apelo 'para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta quinta-feira, 12, em suas redes sociais, que conversou com o presidente israelense, Isaac Herzog, por telefone e pediu a criação de um corredor humanitário para a retirada de civis de Gaza.
“Conversei agora há pouco por telefone com o presidente de Israel Isaac Herzog. Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país”, escreveu Lula. “Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas.”
“Solicitei ao presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais”, continuou o petista. “Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra. Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz.”
https://twitter.com/LulaOficial/status/1712589869900325181
Avião presidencial
Nesta quinta, o governo federal autorizou o uso de um avião da Presidência da República para atuar no resgate de brasileiros que fogem do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas no Oriente Médio. A aeronave VC-2 – Embraer, da Força Aérea Brasileira, partiu de Brasília em direção a Roma, onde aguardará permissão do Egito para buscar os cidadãos na Faixa de Gaza.
Segundo o Palácio do Planalto, o Brasil tem seis aviões atuando da Operação Voltando em Paz — o terceiro voo partiu na tarde desta quinta-feira de Tel Aviv, com 69 passageiros a bordo. Desde a terça-feira, 10, duas aeronaves que decolaram de Israel pousaram em Brasília e no Rio de Janeiro trazendo, respectivamente, 211 e 214 brasileiros resgatados. A previsão do governo federal é repatriar 900 cidadãos até o próximo sábado, 14.
A decisão de intensificar os esforços de resgate ocorre em meio às fortes pressões sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que sofre críticas por não condenar diretamente o Hamas pelos atentados terroristas que já deixaram ao menos 1,3 mil mortos em Israel. Em retaliação, as forças israelenses causaram 1.417 mortes na Faixa de Gaza.