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Líder do partido governista da Coreia do Sul defende suspensão ‘imediata’ do presidente

Han Dong-hoon afirmou ter evidências de que o presidente Yoon Suk Yeol ordenou a prisão de políticos-chave após decretar a lei marcial

Por Da Redação
6 dez 2024, 10h21

O chefe do partido governista da Coreia do Sul, o Partido do Poder Popular (PPP), demonstrou apoio nesta sexta-feira, 6, à suspensão “imediata” dos poderes constitucionais do presidente Yoon Suk Yeol após declaração de lei marcial no início da semana.

Han Dong-hoon havia dito anteriormente que iria se opor a um possível impeachment do presidente, mas mudou o posicionamento após receber o que ele chamou de “evidências credíveis” de que o líder sul-coreano ordenou a prisão de políticos sob acusações de “atividades antiestatais” durante o curto período em que a lei marcial imposta na noite de terça-feira estava em vigor.

“Eu aprendi ontem à noite que o presidente ordenou que o comandante da contra-inteligência de Defesa prendesse os principais líderes políticos, caracterizando-os como forças anti-estatais”, disse Han.

“Diante desses novos fatos emergentes, concluí que é necessário suspender os poderes do presidente Yoon Suk Yeol prontamente para proteger a Coreia do Sul e seu povo”, acrescentou ele.

+ O que é lei marcial, promulgada na Coreia do Sul contra ‘forças comunistas’

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O líder do PPP ainda afirmou que, se Yoon permanecer no poder, “há um risco significativo de que ações extremas como esta declaração de lei marcial possam ser repetidas, colocando a Coreia do Sul e seus cidadãos em grave perigo”.

Yoon declarou a lei marcial em um discurso transmitido em rede nacional na terça-feira, apenas para reverter a medida depois que deputados passaram pelo cerco da polícia à Assembleia Nacional para votar contra sua implementação. Antes disso, soldados equipados com rifles, coletes à prova de balas e equipamentos de visão noturna entraram no edifício parlamentar em Seul através de janelas quebradas.

Processo de impeachment

Os partidos de oposição da Coreia do Sul apresentaram na quarta-feira uma moção de impeachment contra Yoon, um dia depois do presidente impor a medida que essencialmente suspende direitos civis em situações de emergência (como guerras ou conflitos) e faz imperar uma gestão militar.

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Para ser aprovado, o pedido de impeachment precisa ser apoiado por pelo menos oito membros do partido de Yoon para atingir o limite necessário de dois terços na Assembleia Nacional. A declaração de Han é o sinal mais recente de que o partido do presidente sul-coreano está se inclinando ao apoio do impeachment.

Se a moção for bem-sucedida, o tribunal constitucional da Coreia do Sul decidirá depois se mantém a decisão dos parlamentares — um processo que pode levar até 180 dias. Podem surgir complicações, já que a corte, que deveria contar com um número ímpar de nove juízes, só conta com seis atualmente.

A votação do impeachment de Yoon está prevista para este sábado às 19hs (7h de Brasília).

Yoon tornou-se alvo de várias investigações após fazer imperar, por seis horas, a lei marcial no país. O procurador-geral da Coreia do Sul ordenou na quinta-feira que os promotores investiguem diretamente o presidente e outras autoridades importantes por suposta insurreição. A polícia está conduzindo uma investigação paralela e distinta, pela mesma acusação.

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