Líder democrata na Câmara dos EUA condena republicanos ‘pró-Putin’
Hakeem Jeffries repudiou movimento 'barulhento e crescente' que estaria beneficiando as incursões da Rússia na Ucrânia
O líder democrata na Câmara dos Estados Unidos, Hakeem Jeffries, acusou nesta quarta-feira, 13, alguns deputados republicanos de comporem uma “bancada pró-Putin”. A declaração surge em meio aos esforços do governo, nas mãos do Partido Democrata, para convencer o Congresso a aprovarem uma nova leva de auxílio financeiro à Ucrânia.
Jeffries afirmou em entrevista à CNN que um movimento “barulhento e crescente” de parlamentares americanos de extrema direita querem que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vença a guerra. Segundo ele, os republicanos Marjorie Taylor Greene e Jim Jordan são os principais nomes dessa agitação.
Ele ainda disparou que outras figuras de fora do Capitólio seriam responsáveis por difundirem ideias semelhantes de boicote ao pacote de ajuda militar de US$ 61 bilhões (mais de R$ 300 bilhões), como ex-presidente Donald Trump e o ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson, amigo pessoal do multimilionário.
“A convenção política pró-Putin é extrema, e parece cada vez mais claro que esta bancada gostaria de vê-lo vencer na Ucrânia”, disse Jeffries.
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Para o político democrata, uma vitória russa na Ucrânia “seria péssima para a segurança nacional da América, razão pela qual é uma questão em aberto se os republicanos da Câmara estão levando o financiamento dos esforços de guerra ucranianos a sério”.
A ligeira maioria republicana no Congresso convocou os outros legisladores a não renovarem a ajuda monetária a Kiev, com a justificativa de que deveriam se concentrar em resolver a questão migratória na fronteira dos Estados Unidos com o México ao invés de investir dinheiro arrecadado com impostos no estrangeiro.
Nesta terça-feira, 12, o presidente americano, Joe Biden, disse que essa posição do Congresso americano inspirou a gratidão de personalidades da TV russa, que acreditam que isso teria ajudado as forças que ocupam a Ucrânia. Após um encontro com o líder de Kiev, Volodymyr Zelensky, que visitou Washington D.C. na terça, Biden afirmou que os republicanos estavam dando “um presente de Natal” a Putin.