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Líder chavista convoca apoiadores às ruas e tensão cresce na Venezuela

Diosdado Cabello argumenta que eleitores de Maduro devem 'proteger' o voto popular contra a oposição que 'vai procurar gerar violência'

Por Amanda Péchy
28 jul 2024, 21h15

O líder chavista Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, apelou que os apoiadores de Nicolás Maduro fossem às ruas para “proteger” o voto popular contra eleitores da oposição após o fechamento das urnas neste domingo, 28. Enquanto crescem as expectativas pelos resultados, ele também acusou a oposição de querer “gerar violência” porque os resultados não seriam favoráveis aos que desafiaram o regime.

O chavismo, durante anos, aplicou a chamada “operación remate” (ou operação de leilão, em português), ao fim da votação, que consiste na distribuição de sacolas de alimentos, gasolina e outros benefícios para atrair os eleitores aos centros de votação.

Isso prolonga até muito tarde a eleição e abre caminho para múltiplas irregularidades. Veículos da imprensa internacional na Venezuela, porém, afirmaram que não chegou nenhum eleitor de última hora mobilizado pela máquina do oficialismo.

“Vamos para as ruas, levar o povo para os centros eleitorais, porque eles (candidatos opositores) não entendem de razões, mas sim de mobilização popular”, declarou Cabello. “Então vamos nos mover, vamos nos mover. Eles não compreendem a razão do voto popular, que o povo votou por maioria, que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) vai dar resultados que eles sabem que não os favorecem, e vão procurar gerar violência. Então vamos analisar o plano antes, durante e depois de uma vez. Defesa do voto. Nós ganharemos.”

As declarações contradizem o que Cabello disse há poucas horas, quando garantiu que o chavismo reconhecerá os resultados caso o seu Maduro perca as eleições. “Este é o jogo democrático. Quem vence é reconhecido. Agora, é bom perguntar isso aos setores da oposição, que ainda neste momento não disseram que vão reconhecer (os resultados)”, disse ele do estado de Monagas, no nordeste do país, quando questionado sobre o assunto.

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Seções eleitorais

Em paralelo, a oposição venezuelana denunciou que os militares do regime de Maduro se recusaram a fechar alguns centros de votação e que impediram a entrada de testemunhas para realizar a auditoria cidadã dos votos, que está prevista pela lei. A informação foi divulgada pelo correspondente do portal de notícias argentino Infobae na Venezuela.

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Um dos casos ocorreu na Escola San José de Tarbes, em El Paraíso, bairro a oeste de Caracas, onde há mais apoio ao chavismo. A oposição exigiu que os fiscais sejam admitidos para que nenhum novo voto seja adicionado às urnas – como teria acontecido nas eleições passadas, segundo rivais de Maduro. Após reclamações dos cidadãos, os militares finalmente fecharam as urnas, sem ainda permitir que as testemunhas entrassem no colégio para supervisionar o processo.

Muitos venezuelanos permanecem em frente aos centros eleitorais cantando o hino nacional e protestando em Caracas. “Queremos contar, queremos contar”, gritavam, segundo o jornal espanhol El País, em referência ao processo de auditoria que os cidadãos podem participar por lei.

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