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Legislador é retirado à força do Parlamento de Israel após criticar guerra em Gaza; veja vídeo

Em discurso, Ayman Odeh destacou número de crianças palestinas que morreram devido a ataques israelenses

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 Maio 2025, 17h42

O legislador árabe-israelense Ayman Odeh foi retirado à força nesta quinta-feira, 22, do Parlamento de Israel, a Knesset, após criticar a campanha militar na Faixa de Gaza. Em meio a gritos de parlamentares governistas, Odeh destacou o número de crianças palestinas que morreram desde o início da guerra entre Israel e o grupo radical Hamas, em outubro de 2023. No total, o Ministério da Saúde de Gaza registrou mais de 53 mil vítimas e quase 122 mil feridos, incluindo pessoas amputadas.

“Vocês não sabem como eu os vejo fracos, vocês são pessoas fracas. Após um ano e meio de uma guerra na qual vocês mataram 19 mil crianças, 53 mil moradores. Vocês destruíram todas as universidades e hospitais, e para vocês não há vitória política. É por isso que estão enlouquecidos”, bradou ele no plenário, sendo arrancado do microfone em seguida por seguranças.

Nas redes sociais, Odeh escreveu que foi retirado do “pódio do Parlamento, não por quebrar uma regra, mas por dizer a verdade” e que “77 anos após a Nakba (termo árabe que significa “catástrofe” e que faz referência ao deslocamento em massa e à desapropriação de palestinos durante a guerra árabe-israelense de 1948), o mundo está testemunhando uma segunda Nakba se desenrolar em Gaza”. Ele também afirmou que autoridades podem tentar calá-lo, mas “não podem silenciar o povo palestino, e não podem silenciar o clamor mundial”.

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Críticas a Israel

A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira, 21, que revisará os laços comerciais com Israel devido à crise humanitária palestina, resultado da campanha militar israelense na Faixa de Gaza. A chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, afirmou que Comissão Europeia, braço executivo da UE, reavaliará o Acordo de Associação UE-Israel, que regula as relações políticas e econômicas entre os dois lados através do livre comércio. A decisão, segundo ela, foi aprovada por uma “forte maioria” dos ministros dos 27 países membros.

“A situação em Gaza é catastrófica. A ajuda que Israel permitiu a entrada é, obviamente, bem-vinda, mas é uma gota no oceano. A ajuda deve fluir imediatamente, sem obstrução e em grande escala, porque é disso que precisamos”, disse Kallas a repórteres em Bruxelas.

A movimentação da UE ocorreu um dia após o governo britânico suspender as negociações de livre comércio com Israel e impor novas sanções contra assentamentos na Cisjordânia. Na segunda-feira, 19, Reino Unido, França e Canadá ameaçaram “ações concretas” contra Israel em comunicado. O trio também se opôs “a qualquer tentativa de expandir os assentamentos na Cisjordânia” e afirmou que, apesar de apoiar o direito de defesa israelense, não ficaria “de braços cruzados enquanto o governo (de Benjamin) Netanyahu realiza essas ações atrozes”.

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O alerta foi seguido por uma declaração conjunta assinada por 22 países, que exige que Israel passe a “permitir a retomada total da ajuda a Gaza imediatamente e permitir que a ONU e as organizações humanitárias trabalhem de forma independente e imparcial para salvar vidas, reduzir o sofrimento e manter a dignidade”.

“Quero deixar registrado hoje que estamos horrorizados com a escalada de Israel”, reforçou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ao Parlamento do Reino Unido nesta terça-feira. “Precisamos coordenar nossa resposta, porque esta guerra já dura tempo demais. Não podemos permitir que o povo de Gaza morra de fome.”

Além disso, Starmer repetiu o apelo para um cessar-fogo em Gaza e argumentou que uma trégua era a única forma de libertar os reféns mantidos pelo grupo palestino radical Hamas. Ele disse, ainda, que a a quantidade básica de ajuda humanitária permitida por Israel é “completamente inadequada”.

Trata-se de um aumento do tom de uma gama de países contra a campanha militar israelense em Gaza. Ainda na segunda-feira, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, também apelou para que Israel seja excluído de eventos culturais internacionais. Ele destacou que não se deve “permitir padrões duplos, nem mesmo na cultura” e criticou aqueles que defendem “um setor cultural insípido, silencioso e equidistante”.

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