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Le Pen fica inelegível por 5 anos na França após condenação por desvio de recursos públicos

Líder da extrema direita francesa, maior rival do presidente Emmanuel Macron, ficará fora das eleições de 2027 e será presa por 4 anos

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 mar 2025, 08h48 - Publicado em 31 mar 2025, 07h48

A francesa Marine Le Pen foi considerada culpada nesta segunda-feira, 31, de apropriação irregular de fundos da União Europeia para financiar seu partido de extrema direita, o Reagrupamento Nacional. Como parte da sentença, a política que é a maior adversária do atual presidente, Emmanuel Macron, na próxima eleição, de 2027, foi declarada inelegível por 5 anos.

Assim, o tribunal acatou o pedido dos promotores, que demandaram que a líder extremista fosse proibida de concorrer a cargos públicos por 5 anos, com início imediato. Desta forma, ela fica de fora da corrida presidencial de 2027, mesmo que ainda haja possibilidade de apelação.

Ela também foi condenada a quatro anos de prisão, dois dos quais firmes, depois dos quais pode ficar em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, além de uma multa de 100 mil euros. A pena de prisão e a multa não devem ser aplicadas até que os recursos de apelação sejam esgotados.

Le Pen foi acusada, junto com mais de vinte outras figuras importantes de sua legenda, de contratar assistentes que trabalhavam para o Reagrupamento Nacional, em vez de para o Parlamento Europeu (o braço legislativo do bloco), que pagava seus salários.

O Tribunal Penal de Paris considerou Le Pen, outras oito pessoas que eram legisladores da União Europeia na época dos crimes e doze assistentes parlamentares culpados de desvio de fundos da União Europeia. Os réus não foram acusados ​​de embolsar o dinheiro, mas sim de usar fundos do bloco em benefício de seu partido.

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“Foi estabelecido que todas essas pessoas estavam realmente trabalhando para o partido, e que seu legislador (da UE) não havia dado a elas nenhuma tarefa”, declarou a juíza Bénédicte de Perthuis, presidente do tribunal. “As investigações também mostraram que esses não foram erros administrativos, mas desvio de fundos dentro da estrutura de um sistema estabelecido para reduzir os custos do partido.”

Le Pen, que estava sentada na primeira fila do tribunal, foi vista balançando a cabeça da direita para a esquerda, indicando dizer “não” enquanto ouvia a sentença. Ela deixou a corte antes da leitura acabar.

Os promotores afirmaram no ano passado que a punição da líder extremista não deveria ser restrita apenas a uma multa de 300 mil euros e pena de prisão, mas também a inelegibilidade imediata.

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“O tribunal levou em consideração, além do risco de reincidência, a grande perturbação da ordem pública se uma pessoa já condenada fosse candidata à eleição presidencial”, acrescentou de Perthuis.

Em 2027, Macron já não poderá concorrer novamente, pois atingiu o limite de dois mandatos presidenciais. Ele deverá apontar um sucessor de seu partido centrista, o Juntos.

Durante o julgamento no ano passado, Le Pen, três vezes candidata presidencial, negou ter cometido “a menor irregularidade”.

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O líder do Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella – que chegou à sede do partido nos últimos minutos para se encontrar com Le Pen – condenou a decisão do tribunal.

“Hoje, não é apenas Marine Le Pen que está sendo injustamente condenada: é a democracia francesa que foi executada”, afirmou ele nas redes sociais.

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