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Kim Jong-un ameaça realizar ‘ataque nuclear’ se for provocado

Líder da Coreia do Norte diz que 'não vai hesitar' em responder a inimigos com força atômica, em meio a aumento de tensões com Washington e Seul

Por Da Redação
21 dez 2023, 08h45

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse que não hesitaria em lançar um ataque nuclear se um inimigo o provocasse com bombas atômicas, informou a agência de notícias estatal KCNA nesta quinta-feira, 21.

Durante uma reunião com soldados que trabalham para o departamento militar de mísseis, Kim parabenizou os militares pelo recente exercício de lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), com capacidade de atingir os Estados Unidos, quando fez os comentários.

“Não vamos hesitar”

O ditador disse que o teste demonstrou a lealdade e poder das forças armadas, além de ter sido “uma explicação clara do modo de contra-ataque ofensivo e da evolução da estratégia e doutrina nuclear da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte]“.

“Não vamos hesitar até mesmo em [fazer] um ataque nuclear quando o inimigo provocar [o país] com armas nucleares”, afirmou Kim, segundo a KCNA.

Novo míssil

Na segunda-feira 18, a Coreia do Norte comunicou ter testado seu mais novo ICBM, para avaliar a capacidade de prontidão para uma guerra de suas forças nucleares, frente ao que classificou de crescente hostilidade de Washington. Kim disse que o lançamento demonstrou a capacidade de ataque rápido dos seus militares, e afirmou que continuará fortalecendo sua eficiência de combate.

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Diplomatas dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão emitiram na quarta-feira 20 uma declaração conjunta condenando os recentes lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte e instaram Pyongyang a iniciar um “diálogo substantivo sem condições prévias”. O Conselho de Segurança das Nações Unidas também realizou uma reunião sobre o recente teste do ICBM.

Aumento das tensões

A irmã de Kim, Kim Yo Jong, condenou a reunião do Conselho de Segurança, defendendo que o teste do míssil consistia apenas num exercício do direito do país à autodefesa.

“O Conselho de Segurança das Nações Unidas deveria atribuir grande responsabilidade ao comportamento e ação irresponsável dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, que agravaram a tensão na península coreana através de todos os tipos de provocações militares durante todo o ano”, declarou.

Na quarta-feira, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão realizaram um exercício aéreo conjunto envolvendo um bombardeiro estratégico americano perto da península coreana, o mais recente recurso militar que Washington implantou na região como parte da parceria com Seul para aumentar sua capacidade de defesa.

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