Justiça vai processar oito profissionais de saúde pela morte de Maradona
Após a deliberação de três juízes, os responsáveis da equipe médica do ex-jogador serão formalmente acusados de homicídio por negligência
Oito profissionais de saúde serão julgados pela morte de Diego Maradona, principal ídolo do futebol argentino, após uma decisão da Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro, na Argentina. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 19.
Apesar da data ainda não ter sido oficialmente divulgada, a corte acredita que o processo deve ter início antes de 2024. De acordo com um relatório organizado por uma junta médica, Maradona teria ficado em agonia por 12 horas e ainda estaria vivo caso tivesse sido hospitalizado mais rápido.
Após a deliberação de três juízes da corte, os responsáveis pela equipe médica do argentino serão formalmente acusados de homicídio por negligência.
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O neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, os médicos Nancy Forlini e Pedro Di Spagna, bem como o coordenador de enfermagem Mariano Perroni e os enfermeiros Ricardo Almirón e Dahiana Madrid integravam o quadro de funcionários.
De acordo com informações do canal de notícias americano CNN, o ex-jogador só estava recebendo medicamentos psicotrópicos para tratar seu vício, ignorando a necessidade da medicação para o tratamento de uma doença cardíaca já diagnosticada. Perroni alegou que não tinha conhecimento do “histórico médico de qualquer tipo de patologia pré-existente do paciente”.
Almirón, no entanto, afirmou que havia comunicado ao resto da equipe que Maradona sofria de taquicardia frequentemente. Os promotores do caso questionaram, então, o motivo de Maradona não ter sido avisado da ausência de medicações para tratar o problema.
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Idolatrado pela conquista da Copa do Mundo de 1985 pela Argentina, Maradona teve um ataque cardíaco depois de ter sido submetido a uma cirurgia no cérebro, em novembro de 2020. A autópsia atesta que o astro morreu por causas naturais.
“Muitas vezes o processo é doloroso e lento, mas aqui estamos e não vamos parar até que a justiça seja feita! Cada um que deixou de fazer o seu trabalho (a pedido de alguém ou por ineficácia) será julgado por isso!”, disse a filha de Maradona nas redes sociais.