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Justiça da Tailândia destitui primeira-ministra após polêmica com telefonema vazado

Paetongtarn Shinawatra foi acusada de não proteger os interesses do país devido a ligação com um ex-líder do Camboja em que foi deferente e 'submissa'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 ago 2025, 08h20

O Tribunal Constitucional da Tailândia destituiu a primeira-ministra, Paetongtarn Shinawatra, nesta sexta-feira, 29, determinando que, como líder do país, ela violou as regras constitucionais de ética em um telefonema com o ex-líder do Camboja, Hun Sen. A ligação gerou polêmica desde que o áudio vazou, e Shinawatra já havia sido suspensa preventivamente do cargo pela mesma corte no início de julho.

A decisão, que inaugura um novo período de instabilidade no país, faz com que ela perca o posto imediatamente, após apenas um ano no poder.

Controvérsia

O tema principal da conversa com Hun Sen, uma figura proeminente na política cambojana que hoje é presidente do Senado, era uma disputa de fronteira entre Tailândia e Camboja. Embora seja questão antiga, o tema explodiu em maio, quando um soldado cambojano foi morto durante uma breve troca de tiros, um episódio que amplificou sentimentos nacionalistas e ações retaliatórias de ambos lados.

Na ligação, ela chama o poderoso ex-líder de “tio” e diz que, se houvesse algo que ele desejasse, ela “cuidaria disso”. Ela também lançou uma série de comentários negativos contra um alto comandante militar tailandês. O tom “submisso”, segundo críticos, e as observações infames sobre o Exército de seu próprio país provocaram indignação generalizada.

Hun Sen, que governou o Camboja por quase quatro décadas e permanece poderoso no país, é conhecido por ser um velho amigo da família de Paetongtarn, embora as relações tenham se deteriorado nas últimas semanas.

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A premiê se desculpou e afirmou que se tratava apenas de uma tática de negociação, mas não foi o suficiente. Milhares de manifestantes foram às ruas de Bangkok, exigindo sua renúncia, enquanto o Senado moveu a ação no Tribunal Constitucional que levou à sua deposição.

Crise política

A queda de Paetongtarn, descendente da poderosa, porém controversa, família Shinawatra, é o culminar dos baques que sofreu ao longo do curto mandato. Apenas dez meses depois de assumir o cargo de premiê, quando seu antecessor foi destituído, um parceiro de coalizão deixou seu governo no início de junho. Seus aliados ainda eram maioria no parlamento, mas por muito pouco.

O pai de Paetongtarn, Thaksin Shinawatra, um bilionário e ex-líder do país, também enfrentava problemas judiciais — mas teve mais sorte que a filha e recentemente foi absolvido no caso que o acusava de violar a lei de lesa-majestade. Segundo a regulação, qualquer crítica à família real pode levar a até 15 anos de prisão. O processo estava relacionado a uma entrevista que ele concedeu à mídia sul-coreana em 2015.

Há duas décadas, a política tailandesa é dominada por uma disputa de poder entre os Shinawatras e seus oponentes – o establishment militar, que é monarquista conservador. Paetongtarn agora tornou-se o quarto membro de sua família a ser destituído. Thaksin foi eleito primeiro-ministro duas vezes, mas foi deposto por um golpe em 2006. Em 2008, seu cunhado, Somchai Wongsawat, que foi primeiro-ministro por um breve período, também foi forçado a deixar o poder pela Justiça. A irmã de Thaksin, Yingluck Shinawatra, também foi deposta por decisão judicial seguida de um golpe de Estado em 2014.

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