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Japão mobiliza militares para conter onda mortal de ataques de ursos

Com recorde de mortes, governo mobiliza forças para ajudar comunidades isoladas e conter avanço dos animais em áreas urbanas

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 nov 2025, 19h23 - Publicado em 5 nov 2025, 17h20

O governo do Japão enviou tropas nesta quarta-feira, 5, para o norte montanhoso do país a fim de conter uma onda inédita de ataques de ursos que já deixou mais de dez mortos e centenas de feridos. A mobilização ocorre na província de Akita, onde as autoridades relatam um salto de seis vezes nas aparições dos animais — mais de 8.000 registros apenas neste ano.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, foram mais de 100 ataques desde abril, com um número recorde de 12 mortes em todo o território do Japão.

A operação começou em Kazuno, pequena cidade cercada por florestas e conhecida por suas águas termais. Há semanas, moradores são orientados a evitar as matas e permanecer em casa após o pôr do sol, já que os ursos têm se aproximado cada vez mais das áreas residenciais em busca de comida.

“Antes, eles fugiam ao ouvir barulho. Agora, vêm na nossa direção. São realmente assustadores”, contou Yasuhiro Kitakata, responsável pelo setor de fauna do município, à agência de notícias Reuters.

Com apoio do Exército, os militares estão montando e transportando armadilhas de ferro usadas para capturar os animais, que depois são abatidos por caçadores licenciados. Segundo o prefeito de Kazuno, Shinji Sasamoto, a cidade vive sob tensão. “As pessoas deixaram de sair de casa e até cancelaram eventos. A ajuda do Exército traz um alívio momentâneo”, afirmou.

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Os casos mais recentes alarmaram o país: clientes foram atacados dentro de um supermercado, um turista foi surpreendido em um ponto de ônibus próximo a um patrimônio da Unesco e um funcionário de um resort de águas termais ficou gravemente ferido. Escolas chegaram a suspender aulas após ursos serem vistos circulando pelos pátios.

Especialistas atribuem o aumento de ataques à combinação entre mudanças climáticas — que afetam o ciclo natural de alimentos nas florestas — e o esvaziamento das zonas rurais. “No ano passado houve fartura nas montanhas e muitos filhotes nasceram. Agora, o alimento acabou”, explica Kitakata.

O governo japonês deve anunciar ainda em novembro um pacote emergencial para conter os ataques, com o recrutamento de novos caçadores e o relaxamento das regras de porte de armas para permitir o abate em áreas urbanas. “Os ataques crescem a cada dia. Não podemos mais adiar as ações”, disse o vice-secretário-chefe do gabinete, Kei Sato.

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