Israel tem o direito de se defender do ‘terrorismo’ do Hamas, diz Biden
Presidente dos EUA informou que ao menos 14 americanos foram mortos e sua 'prioridade máxima' é resgatar os reféns, sem número exato conhecido
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira, 10, que Israel tem o direito de se defender e responder aos “ataques horríveis e contínuos” do grupo terrorista islâmico Hamas, que disparou ao menos 2.500 foguetes contra o território israelense no último sábado. No terceiro dia de confrontos, ele informou que, até o momento, 14 americanos foram mortos. Outros, sem número estabelecido, foram sequestrados.
“Os Estados Unidos condenam inequivocamente este terrível ataque contra Israel perpetrado por terroristas do Hamas provenientes de Gaza. Deixei claro ao primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu que estamos prontos a oferecer todos os meios apropriados de apoio ao Governo e ao povo de Israel”, disse Biden, referindo-se a um telefonema com o premiê israelense.
Ao lado da vice-presidente, Kamala Harris, e do secretário de Estado, Anthony Blinken, o democrata discursou por cerca de 10 minutos na Casa Branca. Durante o pronunciamento, Biden reforçou o apoio “sólido e inabalável” a Israel e disse que não existem justificativas para o “terrorismo” cometido pelo grupo radical. Ele acrescentou que a resposta americana a um episódio similar seria “rápida, decisiva e esmagadora”.
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Além disso, o presidente reforçou que os Estados Unidos compartilham inteligência com Tel Aviv, de forma a fortalecer os “esforços de recuperação de reféns”, sua “maior prioridade”. Biden disse, ainda, estar seguro que os serviços militares de Israel têm equipamento o suficiente para manter o Domo de Ferro, o sistema antimíssil de Israel, operante.
“Jill e eu mantemos em nossas orações todas as famílias que foram feridas por esta violência”, declarou ele. “Estamos com o coração partido pelas vidas que foram tragicamente interrompidas e esperamos uma recuperação rápida para todos aqueles que foram feridos.”
Numa coletiva de imprensa separada na terça-feira, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, comunicou que “20 ou mais” americanos estão desaparecidos. Ele adiantou que Blinken viajará a Israel “nos próximos dias” para se encontrar com autoridades locais.