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Israel vai avançar contra qualquer lugar ‘onde o Hamas exista’, diz Defesa

Daniel Hagari afirmou que isso inclui o sul da Faixa de Gaza, local que atualmente abriga os civis que estão fugindo da guerra

Por Da Redação
Atualizado em 17 nov 2023, 19h42 - Publicado em 17 nov 2023, 15h55

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, afirmou nesta sexta-feira, 17, que o Exército pode avançar até mesmo contra o sul da Faixa de Gaza, local que atualmente abriga os civis que estão fugindo da guerra que o país trava com o Hamas.

“Estamos determinados a avançar em nossa operação. Isso acontecerá onde quer que o Hamas exista, inclusive no sul da faixa”, disse Hagari. “Isso acontecerá na hora, local e condições que forem melhores para os militares.”

Mais cedo, o exército de Israel já havia afirmado que estava próximo de concluir sua operação terrestre contra o Hamas no norte de Gaza e alertado que a incursão se estenderia a outras regiões do enclave.

“Estamos próximos de desmantelar o sistema militar que havia no norte da Faixa de Gaza. Embora ainda haja trabalho para completar, estamos próximos disso. Vamos continuar operando dentro de Gaza e, até onde sabemos, (estenderemos a operação para) mais e mais regiões, sistematicamente eliminando comandantes e erradicando infraestrutura”, afirmou o chefe do Estado-Maior da Forças de Defesa de Israel, general Herzi Halevi, aos soldados das 36ª e 252ª divisões do exército.

No dia 13 de outubro, Israel deu um ultimato para que moradores da metade norte da faixa, incluindo a capital homônima, fossem para o sul, concentrando-se em cidades como Khan Yunis e Rafah. O objetivo era chegar à Cidade de Gaza, onde acreditava-se estarem as principais infraestruturas do Hamas. Desde então, Tel Aviv declarou que efetivamente dividiu o território em dois.

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Quase exatamente um mês depois, na quarta-feira, 15, as forças israelenses lançaram panfletos em Khan Yunis, pedindo aos residentes que deixem a área “imediatamente”, indicando uma possível expansão das operações.

Devido à primeira parte das operações, já houve um êxodo significativo. Mais de 600 mil pessoas, dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, deixaram suas casas, segundo as Nações Unidas. Agora, o deslocamento, que os palestinos temem ser permanente, deve se intensificar conforme as operações se ampliarem.

Até 10 de novembro, metade das casas de Gaza – 222 mil unidades residenciais – foram danificadas, com mais de 40 mil completamente destruídas. A maior parte da destruição se concentrou no norte de Gaza, mas mesmo o sul, que Israel declarou zona segura, não foi poupado.

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Com a continuação dos bombardeios, fica a dúvida acerca da natureza da operação terrestre. Israel fez algo inédito nesta semana, entrando em hospitais – inclusive em Al-Shifa, o maior de Gaza – para procurar centros de comando e armas do Hamas.

O objetivo de Israel é “eliminar” o Hamas, cujo ataque-surpresa brutal do dia 7 de outubro matou ao menos 1.200 pessoas, além de sequestrar outras 240, levando ao novo conflito no Oriente Médio. Desde então, 11,5 mil palestinos foram mortos devido à resposta militar de Israel, segundo autoridades de saúde locais, levantando a questão da proporcionalidade.

Nesta quinta-feira 16, o próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que “não teve sucesso” em evitar as baixas civis – mas culpou o Hamas por usar a população local como um escudo humano.

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