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Israel processa por traição ex-ministro que espionava para o Irã

Gonen Segev foi recrutado pelos iranianos na Nigéria, onde residia, e acabou preso quando tentava entrar na Guiné Equatorial

Por Da Redação
19 jun 2018, 19h15

Acusado de passar informações confidenciais para o serviço de inteligência do Irã, o ex-ministro de Energia e Infraestrutura israelense Gonen Segen foi preso e acusado de traição, ajuda ao inimigo e espionagem contra seu país, declarou ontem (18) a Agência de Segurança de Israel (Shin Bet).

Ministro de Estado no período de 1992 a 1995, durante os governos de Yitzhak Rabin e Shimon PeresSegev já havia sido condenado à prisão em 2005 por ter contrabandeado 30 mil comprimidos de ecstasy da Holanda para Israel e por ter falsificado seu antigo passaporte diplomático. Ele foi solto em 2007, segundo o jornal israelense Haaretz.

Médico de formação, Segev foi preso pelas forças israelenses no final de maio, quando decidiu viajar da Nigéria, onde morava e mantinha uma clínica de saúde nos últimos anos, para a Guiné Equatorial. As autoridades locais estranharam seu histórico criminal, o prenderam e enviaram a Israel.

Para a polícia israelense, este é “o caso de mais severo de violação de segurança” da história de Israel. As investigações provaram que Segev foi recrutado por dois agentes iranianos na Nigéria, em 2012, e esteve duas vezes com seus superiores no Irã. Teria passado informações sobre o setor de energia de Israel, sobre locais estratégicos de segurança e sobre a identidade de autoridades de segurança do país.

Segundo o Haaretz, para obter informações, Segev manteve contatos com funcionários das áreas de defesa, de segurança e diplomacia de Israel. Alegava a essas pessoas repassar os dados para empresários. Também inqueria empresários israelenses, muitos dos quais ex-membros da área de defesa do governo, de passagem pela Nigéria sobre questões de interesse do Irã.

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De acordo com os advogados de Segev, as informações divulgadas pelo Shin Bet não correspondem às do processo contra seu cliente. Ainda segundo o Haaretz, Segev tem cooperado com os investigadores desde sua prisão. Ele alegou que não teve intenção de causar ameaças a Israel.

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