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Israel invade a Cisjordânia com tanques pela primeira vez em duas décadas

Força de defesa israelense intensificou a ofensiva na região e milhares de palestinos estão proibidos de voltar para a área

Por Redação
23 fev 2025, 12h38

O exército de Israel intensificou sua ofensiva na Cisjordânia ocupada e enviou tanques de guerra para a região de Jenin pela primeira vez em duas décadas, informou o jornal Times of Israel neste domingo, 23. A ofensiva vem logo depois que a força de defesa israelense deslocou cerca de 40 000 palestinos que moravam em campos de refugiados da região, afirmando que eles não têm permissão para retornar.

Os campos de refugiados abrigam descendentes de palestinos que fugiram dos diversos conflitos com Israel nas últimas décadas, e a última vez que Israel enviou tanques à região foi em 2002. Ao sul de Jenin, na cidade de Qabatiya, um toque de recolher de 48 horas entrou em vigor nesta manhã, logo após a chegada dos véiculos. Segundo a agência de notícias Wafa, soldados israelenses vêm destruindo a infraestrutura em Qabatiya com escavadeiras desde o amanhecer, além de danificar lojas e veículos palestinos e tomar cidades ao redor de Jenin, incluindo Silat al-Harithiya. 

A ofensiva na Cirsjordânia começou no dia 21 de janeiro, dois dias depois da trégua que interrompeu momentaneamente a guerra em Gaza. Desde então, a operação tem se intensificado e, segundo o exército israelense, tem como objetivo erradicar o que chamou de “extremismo palestino”. Em uma declaração neste domingo, o ministro da Defesa israelense disse que as tropas permanecerão na região “pelo próximo ano”, e que estão instruídas a “impedir o retorno dos moradores e o ressurgimento do terrorismo”.

A situação deve incendiar ainda mais os conflitos na região. Isso porque, a trégua entre Israel e Hamas está em curso, mas parece cada vez mais frágil. Na manhã de ontem, o Hamas entregou os últimos seis reféns israelenses vivos previstos para a primeira fase do acordo. Em troca, Israel libertaria cerca de 600 prisioneiros palestinos, mas o governo adiou o processo.

O gabinete de Netanyahu acusa o Hamas de violar o acordo com “cerimônias vergonhosas que desonram os reféns” e suspendeu a soltura dos palestinos “até que a libertação dos próximos reféns seja garantida, sem rituais de humilhação”. O Hamas, por outro lado, afirma que o atraso de Israel em libertar o sétimo grupo de palestinos “no prazo acordado constitui uma violação flagrante” do acordo de cessar-fogo.

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