Israel divulga lista de presos que serão trocados por reféns do Hamas
Ministério da Justiça apresentou 300 nomes, mas sociedade civil pode contestar libertações; decisão final cabe ao gabinete de guerra de Netanyahu
Israel divulgou, nesta quarta-feira, 22, uma lista de 300 prisioneiros palestinos detidos no país, que podem ser trocados com o Hamas pelos israelenses e estrangeiros sequestrados no ataque terrorista de 7 de outubro. A operação é o aspecto central do acordo de cessar-fogo temporário entre as duas partes da guerra na Faixa de Gaza, definido na véspera.
De acordo com o Ministério da Justiça israelense, deve haver um período de espera de 24 horas antes que o acordo de reféns seja implementado. Isso porque cidadãos israelenses podem contestar, perante o Supremo Tribunal, a libertação de determinados prisioneiros palestinos, reportou a mídia local.
Os 300 nomes da lista são o dobro da quantidade de mulheres e crianças encarceradas que Israel concordou em libertar. Os termos do acordo determinam que 50 reféns sequestrados pelos terroristas serão libertados em troca de 150 palestinos detidos em prisões israelenses.
A troca garante, por si só, uma trégua de quatro dias no conflito. Contudo, o pacto também determina que um dia a mais de cessar-fogo pode ser concedido a cada 10 reféns extras libertados pelo grupo palestino.
Segundo o jornal israelense Haaretz, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e a cúpula do gabinete de guerra montado após o início do conflito, Yoav Gallant e Benny Gantz, serão os responsáveis por determinar quais prisioneiros serão libertados em cada fase.