Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Israel corta fundos a palestinos após países europeus reconhecerem Estado

Ministério das Finanças aboliu repasses à Autoridade Palestina, feitos a partir de impostos alfandegários que israelenses cobram em nome do órgão

Por Da Redação
Atualizado em 22 Maio 2024, 10h58 - Publicado em 22 Maio 2024, 10h48

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou nesta quarta-feira, 22, que o governo vai parar de transferir fundos vitais para a Autoridade Palestina (AP), como espécie de punição após Espanha, Irlanda e Noruega anunciarem o reconhecimento do Estado da Palestina. Já o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que a iniciativa das nações europeias era como “dar uma medalha de ouro aos terroristas do Hamas”.

Líder de extrema-direita que se opõe à soberania palestiniana, Smotrich disse em um comunicado que informou ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que não enviaria mais receitas fiscais à AP, que administra partes da Cisjordânia ocupada por forças de segurança israelenses e colonos judeus. Segundo o gabinete do ministro, a AP seria responsável por fazer campanha pelo reconhecimento de um país para os palestinos.

“Eles estão agindo contra Israel de forma legal, diplomática e em prol do reconhecimento unilateral”, disse Eytan Fuld, porta-voz de Smotrich, referindo-se à AP. “Quando agem contra o Estado de Israel, deve haver uma resposta.”

Ao abrigo de acordos que têm décadas de idade, Israel cobra impostos alfandegários e de importação em nome da Autoridade Palestina. Essas receitas constituem a maior parte do orçamento do órgão, especialmente agora que a ajuda internacional diminuiu. Smotrich – que rotulou a AP de “inimiga” – já havia adiado a transferência da última parcela de fundos antes mesmo desta quarta-feira, segundo o jornal americano The New York Times.

A Autoridade Palestiniana, com sede em Ramallah, já se encontra numa grave crise financeira. Este mês, conseguiu pagar apenas 50% dos salários de dezenas de milhares de funcionários públicos.

Continua após a publicidade

Reação diplomática

Diante da decisão, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ordenou a saída imediata de seus embaixadores na Irlanda e na Noruega. Segundo ele, reconhecer um Estado Palestino “mina o direito de Israel à autodefesa e os esforços para devolver os 128 reféns detidos pelo Hamas em Gaza” e “envia uma mensagem aos palestinos e ao mundo de que o terrorismo compensa”.

“Israel não ficará em silêncio. Estamos determinados a alcançar os nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos e a remoção do Hamas e o regresso dos reféns. Não existem objetivos mais justos do que estes”, salientou Katz, que disse ainda que “se a Espanha concretizar sua intenção de reconhecer um Estado Palestino, uma medida semelhante será tomada contra ela”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.