Israel condena ‘incitação antissemita’ e cita líderes europeus após ataque em Washington
Casal identificado como Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim estava do lado de fora de um evento para diplomata quando foram mortos a tiros

O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, culpou nesta quinta-feira, 22, uma atmosfera de “incitação antissemita e anti-Israel” pelos assassinatos de dois funcionários da embaixada israelense em Washington, D.C.
As vítimas, um jovem casal identificado como Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, estavam do lado de fora de um evento para diplomatas no Museu Judaico da Capital quando foram mortos a tiros. O suspeito do ataque, um homem de 30 anos identificado como Elias Rodriguez, foi preso ao tentar entrar no museu e está sob custódia. Segundo policiais, o atirador gritou “Palestina Livre” ao ser contido pelos agentes.
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“Há uma ligação direta entre a incitação antissemita e anti-israelense e este assassinato”, disse Sa’ar em uma coletiva de imprensa em Jerusalém. “Essa incitação também é praticada por líderes e autoridades de muitos países e organizações internacionais, especialmente da Europa”.
Sa’ar se recusou a identificar qual líder ou autoridades ele tinha em mente.
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No início desta semana, líderes de Reino Unido, Canadá, França, Espanha e outros países ameaçaram “ações concretas” contra Israel se o país não interrompesse uma nova ofensiva militar em Gaza e suspendesse as restrições de ajuda, em meio às preocupações com fome generalizada no enclave. Na quarta-feira, a União Europeia também anunciou que revisará os laços comerciais com Israel devido à crise humanitária, em decisão aprovada por maioria dos ministros dos 27 países membros.
Sa’ar prosseguiu afirmando que há preocupação nos países europeus com ameaças à segurança das missões israelenses no exterior e da comunidade judaica. “O que (falta), na minha opinião, é a conexão entre a atmosfera criada – as palavras específicas – e esse tipo de onda de antissemitismo que estamos enfrentando”, disse ele.
Em resposta ao ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ter ordenado reforços de segurança em todas as missões israelenses ao redor do mundo.