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Israel bombardeia instalações da OMS em Gaza e prende funcionários

Trabalhadores e suas famílias foram 'expostos a grave perigo e traumatizados após ataques aéreos', disse principal entidade de Saúde em comunicado

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jul 2025, 10h33

As Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram três vezes a residência de funcionários da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, nesta terça-feira, 22. Os trabalhadores da OMS e suas famílias foram “expostos a grave perigo e traumatizados após ataques aéreos causarem um incêndio e danos significativos”, ao mesmo tempo em que militares israelenses invadiram as “instalações, forçando mulheres e crianças a evacuarem a pé” durante “um conflito ativo”, disse a entidade em comunicado.

O texto também afirmou que “funcionários do sexo masculino e familiares foram algemados, despidos, interrogados no local e revistados sob a mira de armas. Dois funcionários da OMS e dois familiares foram detidos”. Mais tarde, três deles foram liberados, enquanto um permanece sob custódia das FDI. Em meio à escalada de violência, a organização informou que trinta e duas pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram recolhidas e evacuadas para o escritório da OMS em uma missão de alto risco, assim que o acesso se tornou possível”.

“A mais recente ordem de evacuação afetou diversas instalações da OMS. Como principal agência de saúde das Nações Unidas (ONU), a presença operacional da OMS em Gaza está agora comprometida, prejudicando os esforços para sustentar um sistema de saúde em colapso e colocando a sobrevivência ainda mais distante do alcance de mais de dois milhões de pessoas”, acrescentou.

Além disso, a OMS disse estar “consternada com as condições perigosas sob as quais os agentes humanitários e os profissionais de saúde são forçados a operar” em Gaza e apelou “à proteção ativa de civis, da assistência médica e das instalações de saúde, e ao fluxo rápido e desimpedido de ajuda, incluindo alimentos, combustível e suprimentos de saúde, em larga escala para Gaza e em toda a região”.

“A vida em Gaza está sendo implacavelmente reduzida, e a chance de evitar a perda de vidas e reverter os imensos danos ao sistema de saúde se torna cada vez mais distante. Um cessar-fogo não é apenas necessário, como já deveria ter sido alcançado”, concluiu.

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+ Tanques israelenses avançam sobre cidade em Gaza onde acredita-se haver reféns do Hamas

Ofensiva em Deir al-Balah

Na véspera, tanques israelenses avançaram para as áreas sul e leste de Deir al-Balah, na região central da Faixa Gaza, na primeira vez em que blindados são usados na cidade desde o início da guerra no enclave palestino. Os militares de Israel acreditam que alguns dos reféns ainda em posse Hamas estejam no local, segundo a agência de notícias Reuters.

Deir al-Balah é considerada por Tel Aviv uma localidade importante de apoio ao Hamas e à sua base legislativa. Das quinze cadeiras da Câmara Municipal da cidade, treze foram ganhas por candidatos da ala política do grupo nas últimas eleições, que ocorreram em 2005. Desde então, a cidade tornou-se alvo frequente de incursões israelenses.

Médicos de Gaza relataram que pelo menos três palestinos foram mortos e vários ficaram feridos por bombardeios de tanques que atingiram oito casas e três mesquitas na área. Os ataques ocorreram um dia depois dos militares israelenses ordenarem que a cidade fosse esvaziada imediatamente, alegando que planejavam combates diretos com militantes do Hamas na região. De 50 a 80 mil habitantes foram orientados a deixar suas casas, ou seja, quase 87% de Gaza está sob tais ordens.

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“Com esta última ordem, a área de Gaza sob ordens de deslocamento ou dentro de zonas militarizadas israelenses aumentou para 87,8%, deixando 2,1 milhões de civis espremidos em 12% da faixa fragmentada, onde serviços essenciais entraram em colapso”, disse o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

 

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