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Israel aprova plano para capturar todo o território da Faixa de Gaza

Forças israelenses devem ficar no enclave por tempo indefinido, com objetivo de 'mover a população para o sul' e lançar 'ataques poderosos' contra Hamas

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2025, 08h21

O gabinete de segurança de Israel aprovou nesta segunda-feira, 5, um plano para capturar todo o território da Faixa de Gaza e manter suas forças lá por um período indefinido. A medida expandiria de forma abrangente as operações israelenses no enclave palestino deve provocar uma feroz oposição internacional.

Segundo informações da agência de notícias The Associated Press, o plano faz parte dos esforços em Tel Aviv para aumentar a pressão sobre o Hamas, com objetivo de que o grupo terrorista liberte os quase sessenta reféns ainda em cativeiro e volte a negociar um cessar-fogo – nos termos de Israel.

Duas autoridades disseram à agência que o plano inclui o deslocamento de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza. Outros representantes israelenses que falaram com a agência de notícias AFP acrescentaram que a expansão das operações “incluirá, entre outras coisas, a conquista da Faixa de Gaza e a manutenção dos territórios, movendo a população de Gaza para o sul para sua proteção”. Disseram ainda que a proposta abarca “ataques poderosos contra o Hamas”, sem dar detalhes sobre sua natureza.

A maioria da população de Gaza residia no norte do enclave, particularmente na Cidade de Gaza, e quase todos foram deslocados pelo menos uma vez desde o início da guerra. O gabinete, que inclui o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e vários ministros, aprovou por unanimidade o plano, segundo as agências.

Pouco antes da proposta ser aprovada, o exército israelense disse que estava convocando dezenas de milhares de soldados da reserva.

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Reação em Israel

Um grupo de campanha israelense afirmou que um novo plano do governo para a expansão das operações militares em Gaza está “sacrificando” reféns mantidos no território palestino, segundo a AFP.

“O plano aprovado pelo gabinete merece ser chamado de ‘Plano Smotrich-Netanyahu’ para o sacrifício dos reféns”, afirmou o Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos em comunicado, fazendo referência ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e ao primeiro-ministro de Israel.

Em uma reunião do comitê do parlamento israelense, Einav Zangauker, cujo filho Matan está sob posse do Hamas, pediu aos soldados que “não se apresentem para o serviço na reserva por razões morais e éticas”.

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Crise humanitária

Um dos objetivos de Israel com a intenção de “capturar” Gaza é impedir que o Hamas chegue perto de remessas de ajuda humanitária, relatou a Associated Press. De acordo com um memorando interno que circulou entre grupos de assistência, visto pela agência, Israel informou às Nações Unidas que usará empresas de segurança privadas para controlar a distribuição de alimentos, medicamentos e combustível aos palestinos, centralizando a operação. A organização internacional alertou que isso vai ampliar os deslocamentos forçados.

Em meio às notícias sobre a iminente ofensiva renovada de Israel, equipes de resgate em Gaza afirmaram que ataques aéreos mataram pelo menos dezenove pessoas no norte do enclave nesta madrugada.

Israel retomou a guerra em 18 de março, em meio a um impasse sobre como prosseguir com um cessar-fogo que, por dois meses, interrompeu os combates com o Hamas, que foram desencadeados por ataques terroristas contra comunidades do sul israelense em outubro de 2023.

O Ministério da Saúde em Gaza, controlada pelo Hamas, informou no domingo 4 que pelo menos 2.436 pessoas foram mortas desde a volta das hostilidades em março, elevando o número total de vítimas fatais no enclave para 52.535.

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