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Iraque vive novo dia de protestos; número de mortos sobe para 63

Manifestantes protestam contra a corrupção no país e pedem mais serviços básicos e oportunidades de trabalho

Por EFE 26 out 2019, 18h38

Milhares de pessoas foram às ruas do Iraque neste sábado, 26, pelo segundo dia consecutivo para pedir mais serviços básicos, oportunidades de trabalho e condenar a corrupção, mas os protestos foram mais uma vez marcados pelos confrontos com as forças de segurança, que desde sexta deixaram 63 mortos e quase 2,6 mil feridos.

As autoridades cortaram no fim da tarde a luz na praça Tahrir, em Bagdá, principal ponto de concentração dos manifestantes na capital iraquiana. Simultaneamente, agentes antidistúrbios agiram para dispersar a multidão do local.

Uma fonte do Ministério do Interior do Iraque que pediu anonimato disse à Agência Efe que a operação na praça Tahrir deixou ao menos 30 feridos. Só em Bagdá, mais de dez pessoas foram vítimas das ações das forças de segurança nos últimos dois dias.

O número de mortos nos confrontos iniciados na sexta subiu para 63 e o de feridos para 2.592, segundo a Comissão de Direitos Humanos do Iraque.

O movimento começou no início de outubro, mas os protestos tinham sido suspensos até ontem. Na primeira fase das manifestações, 157 pessoas morreram, a maior parte delas devido à repressão das forças de segurança.

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A enviada especial da ONU para o Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, condenou energicamente a perda de vidas humanos nos incidentes, assim como a destruição de prédios públicos e privados em todo o país.

Hennis-Plasschaert classificou de “trágica” a volta da violência, mas elogiou os agentes que prestaram socorro aos manifestantes feridos e garantiam a livre circulação de ambulâncias.

O Ministério do Interior do Iraque confirmou em comunicado que houve baixas entre as forças de segurança, mas não informou quantos agentes morreram nos confrontos. Segundo o órgão, alguns deles foram baleados e outros ficaram feridos por pedras jogadas pelos manifestantes.

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