Iraque declara fim do Estado Islâmico após vitória em Mosul
Cidade era considerada uma das capitais do grupo terrorista
Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h20 - Publicado em 29 jun 2017, 13h01
As forças armadas do Iraque capturaram nesta quinta-feira (29) a mesquita de Mosul, local onde o Estado Islâmico (EI) proclamou sua versão de “califado” há três anos.
Autoridades iraquianas esperam que a longa batalha por Mosul termine nos próximos dias, visto que o restante dos combatentes do EI recuaram para apenas algumas áreas da Cidade Velha.
Retomar a Grande Mesquita de Al-Nuri representa uma vitória simbólica para as forças iraquianas, que vêm lutando há mais de oito meses para conquistar Mosul, cidade do norte do país que tem servido como capital do EI no Iraque.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos diários contra os extremistas islâmicos desde o verão de 2014.
Os insurgentes explodiram a mesquita medieval e seu característico minarete inclinado na semana passada, enquanto forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos iniciavam o avanço em sua direção.
A bandeira preta dos extremistas estava hasteada no minarete Al-Hadba, desde junho de 2014.
A queda de Mosul marcaria efetivamente o fim da metade iraquiana do califado do grupo terrorista, embora ainda controle territórios ao sul e ao oeste da cidade. Sua capital na Síria, Raqqa, também está cercada pela coalizão liderada por curdos e apoiada pelos EUA
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O grupo perdeu em três anos 60% do território que havia conquistado e 80% de sua receita, de acordo com um estudo da IHS Markit, uma consultoria de inteligência da Inglaterra. O território do “califado” autoproclamado passou de 90.000 km², em 2015, para 36.200 km² em junho de 2017.
O custo da batalha, entretanto, tem sido enorme. Em adição às mortes militares, estima-se que milhares de civis foram mortos no conflito.
Aproximadamente 900 mil pessoas, cerca de metade da população pré-guerra da cidade, fugiu da batalha, buscando abrigo em campos de refugiados ou com parentes e amigos.
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Civis que ficaram presos na cidade sofrem com a fome e privações e correm risco de morte ou de lesões, e muitos prédios foram destruídos.
(Com agências)
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