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Irã anuncia que lançou mísseis contra bases militares americanas no Oriente Médio

Dez mísseis foram disparados ao Catar e um ao Iraque, informam jornais; Doha diz que não houve mortos nem feridos

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jun 2025, 14h39 - Publicado em 23 jun 2025, 13h58

O Irã afirmou ter lançado vários mísseis contra bases militares americanas no Oriente Médio nesta segunda-feira, 23, em retaliação ao ataque dos Estados Unidos às suas instalações nucleares no último sábado 21. A declaração, feita na televisão estatal, tinha uma legenda na tela dizendo que se tratava de “uma resposta poderosa e bem-sucedida das forças armadas do Irã à agressão americana”.

O principal alvo no Catar foi a Base Aérea de Al-Udeid. De acordo com o governo iraniano, o ataque com mísseis ao ativo militar americano correspondeu ao número de bombas lançadas pelos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas neste fim de semana, sinalizando o provável desejo de Teerã de reduzir a tensão. O regime também afirmou ter mirado a base porque ela fica longe de áreas povoadas e, segundo reportagem do jornal americano The New York Times, coordenou a ofensiva com autoridades cataris com antecedência, na tentativa de minimizar as baixas.

O porta-voz do Ministério das Relações exteriores do Catar, Majed Al Ansari, afirmou que não houve mortos nem feridos na operação.

“A base havia sido evacuada anteriormente, seguindo as medidas de segurança e precaução estabelecidas, dadas as tensões na região. Todas as medidas necessárias foram tomadas para garantir a segurança do pessoal na base, incluindo membros das Forças Armadas do Catar, forças amigas e outros. Confirmamos que não houve feridos ou vítimas no ataque”, disse ele.

Pelo menos dez mísseis foram lançados em direção ao Catar, afirmou o portal de notícias Axios, com base em informações de autoridades israelenses e árabes. Explosões foram ouvidas sobre a capital catari, Doha, de acordo com a Reuters, enquanto o Ministério do Interior do Bahrein informou que o espaço aéreo foi fechado preventivamente, em meio a sirenes que alertam para bombardeios, e pediu aos cidadãos que mantenham a calma e se dirijam ao local seguro mais próximo. Um outro míssil foi lançado em direção ao Iraque, segundo informações do jornal israelense Haaretz.

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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram imagens do céu de Doha sendo cortado por lançamentos de projéteis.

“A Casa Branca e o Departamento de Defesa estão cientes e monitorando de perto as potenciais ameaças à Base Aérea de Al Udeid, no Catar”, disse um alto funcionário da Casa Branca ao Axios.

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A Base Aérea de Al-Udeid, no Catar, abriga 10 mil soldados e é a maior instalação militar americana na região. Nas últimas semanas, muitas aeronaves e funcionários da base foram retirados do local. Enquanto isso, a Reuters reportou que o sistema de defesa aérea da base aérea americana de Ain al-Asad, no Iraque, foi ativado por medo de um ataque.

A Casa Branca e o Departamento de Defesa estão monitorando de perto potenciais ameaças, disse um alto funcionário do governo americano.

Ameaça e contra-ataque

O tamanho da retaliação iraniana — particularmente o número de baixas — deve determinar como o presidente americano, Donald Trump, responderá, bem como se os Estados Unidos se aprofundarão ainda mais na guerra de Israel com o Irã.

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Depois do jornal americano The Washington Post já ter reportado a possibilidade de um ataque, Trump tinha uma reunião marcada com sua equipe de segurança nacional às 13h locais (14h em Brasília) na Casa Branca para discutir a ameaça.

O republicano havia alertado que qualquer retaliação seria respondida “com uma força muito maior do que a que foi testemunhada” durante a ofensiva das Forças Armadas americanas contra três instalações nucleares iranianas no fim de semana.

Antes, o Catar já havia anunciado o fechamento temporário de seu espaço aéreo devido ao aumento das tensões regionais. O Ministério das Relações Exteriores do país árabe afirmou que a medida fazia parte de um conjunto mais amplo de planos de precaução.

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a China também emitiram alertas nesta segunda-feira, aconselhando seus cidadãos no Catar a se abrigarem em suas casas como precaução.

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