Investigações de abusos na Igreja chilena triplicaram no último mês
Entre as 167 pessoas envolvidas estão sete bispos e 96 padres; ao todo 178 pessoas foram vítimas dos assédios
O número de casos de abusos na Igreja Católica Romana do Chile investigados pela Procuradoria cresceu mais de três vezes, chegando a 119 no último mês.
Entre as 167 pessoas sob investigação estão sete bispos e 96 padres. Eles são acusados de abusos contra 178 vítimas, incluindo 79 menores, segundo a Procuradoria nacional.
A Justiça chilena não especificou os tipos de abusos cometidos pelos membros da Igreja, mas clérigos já foram acusados por procuradores de abusos sexuais de membros de suas congregações ou de acobertamentos de abusos.
Em julho, a Procuradoria investigava 38 casos vigentes de delitos cometidos por clérigos e laicos contra menores, adolescentes e adultos. No total, eram 73 pessoas investigadas e 104 vítimas, a maioria delas menores de idade no momento dos abusos.
As denúncias contra diversos membros da Igreja Católica chilena levaram o papa Francisco a abrir uma investigação neste ano que provocou a renúncia de bispos e outros sacerdotes acusados de praticar ou encobrir abusos contra menores.
No início de agosto, representantes dos bispos do Chile pediram perdão pelos abusos. A cúpula da Igreja reconheceu que “falhou” em seu dever de atender e acompanhar as vítimas devido ao “graves pecados e injustiças cometidas por sacerdotes e religiosos”.
Casos de abusos cometidos por membros da Igreja Católica também surgiram na Irlanda, Austrália e nos Estados Unidos. Neste último, foi revelado recentemente que bispos e outros líderes religiosos da Pensilvânia encobriram abusos sexuais a mais de 1.000 pessoas cometidos por centenas de padres durante um período de quase setenta anos.
Em visita à Irlanda no final de semana, o papa Francisco enumerou uma grande lista de “perdões” às vítimas dos abusos no país.
(Com Reuters e AFP)