Inglaterra pode manter livre circulação de pessoas após Brexit
Acordo de transição é debatido na segunda fase de discussões sobre o Brexit
![Bandeiras da Grã-Bretanha e União Europeia vistas em Londres, próximos ao Big Ben, às vésperas do referendo que decidirá se o Reino Unido permanecerá ou não na União Europeia - 19/06/2016](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/07/alx_mundo-referendo-reino-unido-uniao-europeia_original1.jpeg?quality=90&strip=info&w=500&h=375&crop=1)
O Reino Unido está preparado para manter a livre circulação de cidadãos da União Europeia(UE) por até quatro anos após o Brexit. O tema veio a debate em meio à segunda fase de discussão do acordo entre a UE e a Inglaterra que ocorre em Bruxelas, na Bélgica.
De acordo com o site The Independent, a transição evitaria uma interrupção súbita dos negócios causada pela mudança marcada para 29 de março de 2019, quando a Inglaterra deixará a bloco europeu.
Segundo o jornal The Times, a primeira-ministra Theresa May está disposta a oferecer a livre circulação por até dois anos. A decisão não foi confirmada oficialmente.
“A primeira-ministra reiterou que o objetivo geral do governo é uma saída suave e ordenada, que culmine em um acordo abrangente de livre comércio com a União Europeia, com um período de implementação para evitar qualquer mudança abrupta”, disse o porta-voz do governo.
Críticas
Alguns parlamentares se manifestaram contra a medida, entre eles, o líder do Partido Conservador Britânico, Jacob Rees-Mogg. Ele considera o período de transição como uma máscara para tentar revogar o resultado do referendo do ano passado, quando os ingleses decidiram deixar o bloco europeu.
“Se estamos sujeitos às regras do mercado único, aos seus regulamentos, ao decreto do Tribunal de Justiça Europeu, e não podemos fazer acordos de livre comércio com o resto do mundo, então estamos na UE“, disse Rees-Mogg ao programa Newsnight da BBC.
A vice-presidente do Partido de Independência do Reino Unido (Ukip), Suzanne Evans, declarou: “Ou deixamos no dia 29 de março de 2019 ou somos mantidos reféns da UE por tempo indefinido. Não podemos permitir que isso aconteça”.